sexta-feira, fevereiro 01, 2008

É FREE? É, mas tem valor, sim senhor!

money

Volta e meia estou visitando o blog do Chris Anderson, autor do excelente livro A Cauda Longa. No post de hoje, Anderson, que geralmente discute e defende a questão da gratuidade de serviços na Web, não fugiu a regra.

Ele coloca duas questões importantes que viabilizam a gratuidade da maioria dos serviços na Web: a questão da audiência [tráfego] e da reputação [links].

O principal ponto que Anderson defende é o fato de muitos ainda acharem que coisas que não podem ser medidas através de dinheiro, não possuem valor algum. Algo como sem custo = sem valor.

Ele defende que converter audiência e reputação em dinheiro é extremamente simples. E é mesmo. Porém, é uma questão de tempo, de cultivo de relacionamentos, feedback e conteúdo de qualidade constante.

A regra vale para blogs, portais em geral, sites de redes sociais e por aí vai. Muito provavelmente, a velha máxima também pode ser aplicada aqui. Qual?Aquela que diz que "Tempo é dinheiro!".

Mas não é tão fácil assim. Quando busquei alguém para investir em um projeto meu, que envolvia mídias sociais, a pergunta que nunca calava era: "Como você pretende ganhar dinheiro com isto?".

Geralmente, há muito pragmatismo nessas horas. Apesar de ser muito importante iniciar algo já com um modelo de receita definido - e neste caso eu já tinha um - resolvi deixar bem claro para um dos potenciais parceiros da minha empreitada, que não gostaria de colocar em prática, pelo menos no início, o meu modelo de receitas.

Por fim, a pessoa insistia que publicidade na Web ainda era algo muito incipiente, e que ganhar dinheiro com ela era "coisa de gringo". Ledo engano.

Quando falamos em publicidade na Web, muitos acham que trata-se somente de banners e, quando muito, do AdSense, da Google, quando na realidade, a publicidade online vem englobando, cada vez mais conteúdo e, não raro, divertising, ao invés de advertising. E é aí que o jogo começa a ficar interessante.

Anderson, termina seu post afirmando que um serviço FREE tem sim seu valor e um dos meios de mensurá-lo é através do tempo que o internauta gasta com ele. Em minha opinião, esse tempo pode ser chamado de capitalização. Foi o que o YouTube fez antes de incluir anúncios em vídeos, por exemplo.

Ao final de seu post, Anderson faz uma brincadeira: "Será que precisarei lembrar os analistas de Wall Street de que tempo é dinheiro?"

Grande parte desses analistas, ainda não está mesmo preparada para reconhecer potencial em um projeto promissor, mesmo que este ainda esteja no papel. A maioria ainda aposta no imediatismo. Faz até algum sentido, convenhamos. Atire a primeira pedra quem não tem, pelo menos um pouco, de aversão a riscos?

Porém, é importante perceber que o mercado Web, volta e meia dá demonstrações de que é um mercado com vida própria e em constante mutação.

Prova disso é que, a cada ano que passa, encontramos uma nova forma de criar um modelo mais eficiente que o anterior. Tudo ainda é muito novo e é sim necessário assumir riscos. Vantagem? Que tal o primeiro lugar na fila?

Por exemplo, neste ano que se inicia, algo que tende a amadurecer ainda mais, já que 2007 foi o ano dos blogueiros, é a publicidade em blogs...

... and there we go!