segunda-feira, janeiro 28, 2008

Música FREE! Agora vai?

qtrax

O barulho começou já no Domingo, 27. No twitter, o gustavojreige, do blog Outros Olhos, enviou o link para o site do Qtrax. Pronto foi o suficiente para eu entrar e perceber que o Qtrax pode sim, vir a ser um modelo viável de negócio e, porque não acabar com essa chatisse que gira em torno do download gratuito de músicas?

Se você sabe do que se trata o Qtrax, pule esta breve introdução. O Qtrax, nada mais é do que um serviço de compartilhamento de músicas legalizado. É uma espécie de eMule, KaZaa, só que dentro dos conformes da lei. Mas como assim? Bem, para nós usuários, pouca coisa muda, afinal, continuaremos a fazer o download de músicas de forma gratuita. A diferença é que os artistas serão pagos através da publicidade veiculada no site e no player do Qtrax. A Microsoft é um dos anunciantes já confirmados.

Mas, essa historia não parece um conto de fadas para você? Me lembra aqueles sonhos, onde você acorda bem na parte onde não queria. Pois é. O Qtrax tem sim alguns motivos para duvidarmos de tanta bondade. Um deles é o fato de você não poder ouvir as músicas em um iPod, pelo menos até meados de Abril, quando a empresa prometeu suporte ao gadget.

Ah, as músicas virão com DRM para que a empresa saiba quantas vezes a música foi executada e se foi compartilhada. Peraí, denovo o DRM? Enquanto que a Amazon MP3 anuncia que suas canções não possuem DRM, o Qtrax já inicia dando marcha ré?

Outro motivo é o fato de que foi anunciado que a EMI, Sony BMG, Universal Music e Warner Music, fariam parte da parceria que permite que artistas destas gravadoras façam parte do acervo do Qtrax. Mas, a verdade é que tirando a Sony BMG, todas as outras negaram que o acordo havia sido firmado. A Universal e a EMI afirmaram que as negociações estão em curso, mas ainda não há nada fechado.

Mesmo com tudo isso em pauta, analise comigo. Suponhamos que as gravadoras fechem o acordo. Como será o catálogo dos artistas? Haverá somente canções antigas? O serviço conseguirá acompanhar os lançamentos? E novos artistas, esses que estouram na Web todos os dias, e que nem gravadora tem? Poderiam fazer parte do serviço mesmo sem gravadora, e ganhar com o modelo de publicidade oferecido pelo Qtrax?

Imagine que tudo será perfeito e funcionará de forma mais que perfeita. Como ficaria o iTunes em meio a tudo isso? Sim, porque funcionando com músicas, esse modelo poderia funcionar com filmes e seriados também. E aí, o que faria Steve Jobs? Será por isso que a Microsoft irá anunciar no Qtrax? :]

E agora, a pergunta que nao quer calar: É necessário que hajam gravadoras para que tudo isso funcione? Porque o Qtrax simplesmente não abriga esses artistas e compartilha publicidade diretamente com eles, possuindo esses artistas, gravadoras ou não?

Ps.: Como ainda não é possível efetuar o download do Qtrax para testá-lo, pretendo, assim que ele estiver disponível, publicar minhas impressões deste que pode ser um grande marco para a indústria fonográfica. Espero não estar exagerando e que o modelo realmente se concretize. Vamos torcer!

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Ser NERD ainda é NERD?

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Ser NERD! De uns anos para cá, tal adjetivo vem se tornando...hmmmm... POP? Que POP? Esse cara tá maluco? Nerd não pega ninguém. Como nerd vai ser pop? Bem, talvez seja exagero achar que ser nerd é pop, mas você e eu sabemos e temos percebido, cada vez mais, que parece que o adjetivo hoje vem se tornando cada vez mais cool? Ok, você entendeu.

Ano passado, foi produzido um filme-documentário sobre NERDS. Não cheguei a assistí-lo e nem me recordo do nome, no entanto, ouvi gente falando que o enfoque dado a "essa gente" foi algo mais desencanado mesmo. Não diferente foi a reportagem, da semana

passada, no Jornal Hoje sobre "essa gente". Ao final da reportagem, a reporter solta a pérola: "Nossa, eles bebem até cerveja". Ué? Ela achava o que?

Nerd sempre foi associado a freak. Pessoas com a vida social nula. Não se relacionavam, viviam trancados em quartos montando e desmontando robos, estudando circuitos e toda aquela parafernalha. O cinema sempre mostrou isso, principalmente na década de 80. Não que esse tipo de nerd tenha deixado de existir. Não. Eles ainda estão por aí.

Mas a onipresença da Internet tem criado uma nova geração de nerds. Esses nerds não são essencialmente anti-sociais, o que chegaria a ser uma contradição, uma vez que a essencia da Internet é a participação, seja ela online ou offline. Não importa.

Fato é que agora um nerd pode criar um blog e virar celebridade. O nerd pode ser cool. E agora? Ok, para um nerd ser mais que um nerd, ele vai precisar se expor, se relacionar dentro e fora do universo chamado blogosfera. E esse universso vem tomando dimensões maiores a cada dia. De repente, blogs começam a virar matéria de jornal, matéria EM JORMAL, começam a influenciar a forma como jornalistas fazem jornalismo...

"Caraca", garotas em massa estão fazendo parte desse meio. Sim, inclusive as bonitas, porque existe aquele esteriótipo onde mulher ligada em tecnologia é feia. Algo semelhante aquele que diz que mulher que gosta de rock "é tudo baranga". Não vejo dessa forma mas, como falei, são esteriótipos. Mas enfim...

Hoje, nerds viram executivos de empresas. Empresas PONTO.COM. Na época de Gates e Jobs, não era assim. Não havia o crowdsourcing. Não havia como criar uma "empresa virtual". Hoje, sujeitos como eles consequem chegar onde eles chegaram com muito mais rapidez. Exemplos abundam: Larry Page e Sergey Brin, fundadores do Google; Kevin Rose, fundador do Digg; Mark Zuckerberg, fundador do Facebook...

Pelo menos para mim, os nerds de hoje têm muito mais atitude. São mais criativos e, por que não, descolados? Eles ainda são nerds? O que é ser nerd, afinal? Shia Labeouf, em Paranóia, era nerd ou cool? Era os dois?

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Festa da INTERNET! E a Jessica nem me convidou...

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Nunca encontrei uma foto que representasse tão bem o Ebay :)

A medida que o tempo passa, a Internet vêm amadurecendo e adquirindo identidade própria. Prova disso é a variedade de serviços nela disponíveis. Um mercado real e com novas oportunidades de negócios, vem emergindo.

Semana passada, por exemplo, foi divulgado um vídeo no mínimo hilário, postado originalmente no Cracked, onde a maioria dos serviços que conhecemos, tais como Wikipedia, Google, Digg, Amazon, Ebay, Facebook, entre outros, "vão a uma festa e interagem entre si". Calma, pessoas representam esses serviços. Mesmo que elas estivessem sem a identificação com o nome dos serviços, alguns seriam fáceis de identificar, uma vez que possuem identidade bastante forte.

A propósito, eu gostaria de ter estado nessa festa por dois motivos: fazer companhia à Jessica - tadinha, sendo assediada por tanto trambiqueiro - e para tirar algumas satisfações com o Sr. Twitter que, ultimamente, vem decepcionando todos que fazem uso dele nas horas em que mais precisam. No entanto, nem ele nem eu fomos à festa. Vai ter que ficar para uma próxima oportunidade mesmo. Uma pena.

No vídeo, destaque para o perfil "muambeiro" do Ebay e para a postura executiva do Amazon, para a Jessica, é claro, para o YouTube fanfarrão, para o "i feel lucky" da Jessica no finalzinho e para os "pegas" entre Digg x Cracked. Sim, é para ter duplo sentido mesmo :)

sexta-feira, janeiro 18, 2008

PARTICIPAÇÃO: A essência da Web!

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Quando leio um post interessante em algum Blog, a primeira coisa que procuro são os comentários recebidos. Geralmente, quando o post é daqueles bem polêmicos, os comentários são efervescentes e, não raro, surgem "disputas" por domínio de opinião. Chega a ser divertido!

É bom demais poder interagir com textos na Web. Quando lemos uma matéria interessante em alguma revista/jornal ficamos impossibilitados de "dialogar" com o autor. Ou aceitamos o que foi dito ou nos revoltamos. Aí precisamos enviar um e-mail para a Seção de Cartas da revista. Aliás, alguém ainda envia cartas? Sim, claro!

Com as revistas é assim. Quando muito, seu comentário será publicado. Mas e daí se publicarem? Certamente você não terá direito a réplica, tréplica..., servirá apenas para você mostrar para os outros: "Tá vendo? Olha.... publicaram o meu comentário", e nada muito além disso. No máximo, um alienado qualquer vai te achar um cara importante.

Agora, com os blogs é diferente. Tem emoção. É bom saber que você está atingindo, seja concordando ou discordando do post, o "carinha que está por trás do blog". Essa sensação é que faz com que seja tão bom blogar e ler comentários.

Na Web, quando você faz um comentário que seja interessante em um blog qualquer, certamente não só o blogueiro irá visitar o seu blog, como também é possível que outras pessoas que comentaram o mesmo post façam uma visita em seu site ou blog.

E aí uns assinam o feed de um, outros acessam o blog de quem comentou só para ter certeza de que a opinião partiu de alguém conhecido ou respeitado, há os que olham o PR do blog para medir a credibilidade do sujeito, há aqueles que, ao invés de comentar, resolvem escrever OUTRO POST no lugar dos comentários e há aqueles que tentam provar, mesmo utilizando idéias desconexas, que o autor do post está equivocado, só para atrair atenção.

É muito divertido blogar! É muito divertido ler comentários. Comentem, Discordem, Xinguem [de leve], mas PARTICIPEM :]

quarta-feira, janeiro 16, 2008

XIMMY: xiiiiiiiiiiii, mais um DIGG?

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Hoje, li no TechCrunch sobre o lançamento do portal XIMMY. Trata-se de mais um "DIGG-LIKE". Para quem não conhece, o DIGG é um site onde os usuários submetem links de notícias e, as mais votadas, vão para a capa ou, página principal.


O XIMMY não traz nenhuma grande novidade em sua funcionalidade, quando comparamos ao DIGG, exceto o fato do usuário receber dinheiro quando atinge determinada pontuação! Exatamente, você vai acumulando pontos. Ao enviar uma notícia ou comentar em alguma delas, você ganha 1 ponto.

Caso a notícia que você enviou receba votos suficientes para atingir a 1º página, você ganha 15 pontos. Veja abaixo quantos pontos são necessários para que você ganhe algum "trocado". O dinheiro é pago via PayPal:

=====================
1.000 pontos => 10 dólares;
1.800 pts => US$ 20;
3.200 pts => US$ 40;
6.000 pts => US$ 80;
12.000 pts => US$ 160;
20.000 pts => US$ 300.
=====================

Bem. As pessoas participam em sites desse tipo não para ganhar dinheiro, mas para contribuir com alguma notícia interessante e, principalmente, arrancar algumas visitas extras em seus blogs, o que, indiretamente, pode acabar rendendo algum trocado caso o blog possua o AdSense ou outro tipo de programa de monetização bem implementado.

Mas o que pode acontecer quando alguém passa a contribuir em um portal desse estilo motivado única e exclusivamente pela grana? Em minha opinião, isso estimula o sensacionalismo. Lógico, sensacionalismo vende, é igual a notícia ruim. Mesmo sem dinheiro na jogada, o Rec6, o Digg brasileiro (sic!), vem se tornando uma mina de títulos sensacionalistas que, muitas vezes, nada ou pouco têm haver com a notícia ou o conteúdo do post linkado.

Agora imagine um sistema onde te pagam para emplacar notícias e comentar. Não é difícil prever a corrida maluca que o XIMMY pode se tornar, caso o portal realmente "aconteça". No Rec6 há vários links que eu não sei como chegaram na página principal, de tão "sem sal". Isso sem falar em usuários que enviam mais de 10 links por dia e, por "coincidência", emplacam 10 links na página principal. Afinal, qual o critério do Rec6? Há algum?

Imagine toda essa agente sendo remunerada por realizar "tais feitos". Ao que me parece, o único critério do XIMMY é mesmo o número de votos que cada link recebe. Ihhhhhhhh...

Você não acha que já há muitos "DIGG-LIKE" no mercado?

Obs.: Este Blog está concorrendo ao Prêmio IBEST na categoria Tecnologia. Se você gosta do que lê por aqui, aproveite para votar clicando aqui. Thanks :]

terça-feira, janeiro 15, 2008

Não vou falar do MacBook AIR!

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AIR, tão desejado quanto uma pizza?

Não, eu não irei falar do MacBook AIR. Também não vou dizer que fiquei sem "AIR" quando vi o novo lançamento da Apple. Mesmo sabendo que o trocadilho seria infame, acabei escrevendo. Não sei porque essas coisas acontecem. Será falta de assunto?


Steve Jobs sabe como mobilizar as pessoas no sentido de fazer com que façam propaganda do lançamento de novos produtos Apple. Eu mesmo, acabo de incluir o vídeo MacBook AIR - A Guide Tour em meu Orkut. Não dá! Quando vemos algo que nos chama atenção, é impossível não propagar a mensagem. Mesmo não ganhando nada com isso. Há uma sensação de satisfação aí. É natural, espontâneo. Você abre a janela de contato no MSN com algum amigo e diz: "Já viu o novo....?".

Poucos executivos conseguem se comunicar tão bem com o público como Steve o faz. Ele criou um personagem. E esse personagem, quando aparece, causa admiração. Faz com que as pessoas esperem algum anúncio deslumbrante.

E é aí que está o problema. Será que só eu esperava mais da MacWorld? Ou seria exagero, tolice mesmo, esperar por algo tão inovador como o iPhone? Afinal, quando trata-se de Apple, nossas expectativas vão às estrelas. Sempre há muito hype em torno de Steve Jobs.


Não cheguei a me frustrar, mas o AIR não será mais um BAM BAM BAM, como muitos já estão falando. Afinal de contas, era óbvio o lançamento de um produto assim. Se a Apple não fizesse primeiro, outra faria. Por coincidência, em um projeto que estou desenvolvendo, até citei como mero exemplo ilustrativo, o lançamento de um produto parecido, pela própria Apple, com outro nome logicamente, afinal, não sou nenhum adivinho.

Essa não, acabei falando do AIR. Jobs, você me paga. Mas por que diabos ele me pagaria? Ele sabe que, a esta altura, o lançamento já repercutiu em qualquer blog que se propõe a falar de tecnologia, design... .
Isso sem falar que vários sites saíram do ar pelo excesso de informações postadas sobre o evento, como o Twitter. Experimente digitar MacBook AIR no Google :]

Quer que as pessoas façam propaganda de você? Tente aprender algo com o Steve.

Para saber o que houve com detalhes na MacWorld '08, tudo o que você precisa está no Google Discovery.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

De novo? É, RADIOHEAD again

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É. Pelo visto os caras não sairão de cena tão cedo. O Radiohead, banda liderada por Thom Yorke, que no ano passado lançou o fantástico "In Rainbows" - que já virou tema de fundo de vários programas da Globo - inteiro na Internet através de um site onde os internautas decidiam se pagariam ou não pelo download, ainda é assunto nas rodas de conversa sobre os novos rumos da indústria da música na Web. Há quem diga que uma das possibilidades para a industria é a publicidade. Como? Hmmmm.... assunto para o próximo post!

Ontem, o Rafael Barifouse, em seu blog hospedado no portal da Revista Época NEGÓCIOS [não, eu não recebo jabá para falar da revista. Antes recebesse], revelou que a banda de Thom Yorke já vendeu mais de 122 mil cópias de in Rainbows" em CD. Do que mesmo? CD? Sim, não lembra mais o que é?

Exatamente, aquela coisa grande e desajeitada, incômoda de carregar na rua. Você AINDA utiliza um DiscMan. DiscMan? O que é? Ah, chega. No entanto, o que mais impressiona nem é o fato de a banda ter vendido 122 mil cópias. O que me surpreendeu é eloes estarem liderando a parada da Billboard em várias categorias, incluindo Top Rock Albums, Top Internet Albums, Top Independent Albums e, prepare-se, HOT/POP(?!?). Isso mesmo.

Ultimamente, fala-se mais da banda de Thom York do que se ouve. Virou modinha falar deles. Até revistas de negócios falam da banda. Antes de todo o auê, Radiohead era coisa de Indie. Agora está se tornando uma banda Cool. Mas isso tudo é só o início. Sabemos que a estratégia de deixar o consumidor decidir o preço do download foi puro marketing. Pelo jeito, eles gostaram da brincadeira. Sabe-se lá o que vem por aí...

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Na Web, dá-se um jeito para tudo!

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Web, a mão que nos ampara: muito cuidado com este "chão"!
Fonte da Imagem: Andrez Rodriguez

Este post é baseado em algo que defendi no post anterior: Na Web, dá-se um jeito para tudo! E isso é fato. Indiscutível. Infelizmente, há os que se aproveitam de certas conveniências para praticar coisas não louváveis. Santos Dumont, o pai da aviação que o diga.

A questão do "dá-se um jeito" pode ser estendida por toda a rede. Como no mundo offline [ainda há esta distinção?], na Web são as mesmas pessoas que criam e destroem coisas. Ainda me surpreende o fato de que há gente colocando álbuns inteiros de fotos no Orkut para depois reclamar que alguma foto "vazou" ou está sendo utilizada por outra pessoa, como um "fake".

Essas pessoas, ao exporem seus dados e fotos na Web, acham que aquilo faz parte delas, no sentido de propriedade. Santo Deus, como podemos falar de privacidade se aquelas fotos, no momento que são inseridas no Orkut ou em qualquer outra Rede Social, estão hospedadas em servidores que nem sequer sabemos onde ficam?

Diga para mim: você nunca teve medo de hospedar um rascunho de algum projeto que esteja tramando em um serviço de hospedagem desconhecido, daqueles que cobram uma taxa irrisória pelo serviço? Além do mais, quem garante que serviços mais tradicionais não têm acesso, no sentido de privacidade, aos dados de usuários?

Quando alguém quer algo, dá-se um jeito. É assim fora da Web e dentro dela. O que podemos fazer é ter mais cuidado com nossos arquivos. Meus projetos nunca são armazenados em servidores alheios. Toda vez que preciso guardar esse tipo de dado, peço hospedagem a amigos de confiança ou carrego os dados comigo, de um lado para o outro, dentro de um pendrive.

Paranóia? Negativo. Longe disso. Apenas me sinto melhor agindo dessa forma. É melhor do que, passado algum tempo da hospedagem de um projeto em um servidor desconhecido, ouvir algum amigo comentando sobre um serviço interessante que conheceu na Web. Surpresa! O serviço é exatamente como o mesmo que você estava planejando implantar, com os mesmos detalhes.

Ok, pode ser mera obra do acaso. Mas eu duvido que você não vá pensar: "Será? É impossível alguém ter criado o serviço exatamente da forma como imaginei". Geralmente é sim obra do acaso. Mas e se não foi?

Já que está na Web, prepare-se para compartilhar. Prepare-se para aprender a ler coisas que você escreve em outros sites/blogs sem ter obtido o crédito devido pelo conteúdo. Meu irmão já chegou a ler em uma publicação, um texto criado por ele sem nenhum crédito à autoria dele.

Nem mesmo o nome do site. Não estou querendo dizer que isso deve ser comum. Muito pelo contrário. apenas tenha mais cuidado com os artigos que publica. Se há algo em algum deles que alguém não pode ler, fique certo de que esse alguém terá acesso.

Crowdsourcing: Um exército que não conhece derrotas
E o
HULU, o mais novo portal de Séries de TV dos EUA? A questão do acesso ao portal, oficialmente restrito apenas a residentes nos EUA, já foi resolvida. Qualquer pessoa que tenha um pouco de paciência e curiosidade, vai encontrar Fóruns explicando como fazer isso ou aquilo.

É a era do Crowdsourcing, da sabedorias das multidões se encontrando na Internet para resolver questões de interesses comuns. Você acompanhou o que aconteceu com o iPhone e a questão do destravamento do aparelho.

A questão do DIGG e o tópico que ensinava como desbloquear HD-DVDs. O surgimento de programas que permitiram o download de vídeos do YouTube. As plataformas para envio de SMS gratuito... e assim vai. Agora, pela primeira vez, o consumidor realmente tem o poder nas mãos. Ele pode fazer o que quiser.

Por fim, com todo este cenário em pauta, caso você esteja pensando em criar algo na Web, entre nela oferecendo mais do que exigindo ou impondo restrições. Se você fizer o contrário, de duas uma: ou os usuários irão te ignorar ou algum jeito de fazer as coisas de uma forma mais fácil e vantajosa será descoberta.

DÁ-SE UM JEITO!

segunda-feira, janeiro 07, 2008

HULU HULU! Viva a Gratuidade!

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Os nomes de portais de serviços online estão mesmo cada vez mais inusitados. Começamos o ano de 2008 já com um desses nomes que promete fazer muito barulho.

Ele estará disponível para os americanos no início deste ano. Trata-se do HULU, um portal de vídeos online, onde simplesmente você poderá assistir várias de suas séries de TV prediletas de forma gratuita, como Heroes, Simpsons, CSI, The Office, Prison Break e até Miami Vice, além de alguns filmes. Um sonho!


O serviço, que está ainda em fase de testes apenas para usuários residentes nos EUA sob a forma de convite, foi criado por um conglomerado de mídias norte-americano: a NBC e a News Corp. Diferente do YouTube, o portal não oferece conteúdo gerado pelo usuário. Trata-se de conteúdo tradicional de TV. O modelo do negócio é sustentado pela receita obtida através de anunciantes. Ao assistir um vídeo, é apresentada logo no início, uma tela onde é exibida a marca do anunciante. No meio do programa também há um comercial tradicional de 30 segundos.

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Perceba no canto esquerdo da tela: basta escolher o episódio e assistir

Percebe-se que o negócio do HULU é a venda de publicidade. Encaro a atitude da NBC em criar o serviço como uma forma de atenuar a perda de telespectadores para a Internet. Mais uma vez, fica claro que as 2 mídias se complementam, TV e Web. A NBC continuará a arrecadar receita com a TV e agora com a Internet.


O telespectador ganha PODER. Agora poderá escolher a que horas irá assistir à sua série ou filme predileto, pelo menos de uma forma "legal". Bem, digamos que isso sempre foi possível, através de meios "não legais". Aficcionados por séries nunca esperam pela estréia de novas temporadas no Brasil. Sempre foi bastante fácil encontrar vasto conteúdo para download.

No entanto, fico me questionando: como será controlado esse tipo de conteúdo? Todos sabemos que, na Web, para tudo se dá um jeito. Quando o YouTube surgiu, as pessoas reclamavam da impossibilidade de realizar o download de vídeos que gostavam. Não demorou muito para que surgissem ferramentas que permitiam o "cambalacho". Creio que não irá demorar para que aconteça o mesmo com o HULU, afinal, tudo na Web é questão de tempo. As vezes mais, as vezes menos.

Como disse James McQuivey, analista da Forrester Research, "Nós ainda estamos bem no começo do jogo do vídeo online". A iniciativa do grupo NBC começa oferecendo algumas séries e poucos filmes, mas você consegue imaginar até onde ela poderá chegar?

Imagine um cenário onde todas as pessoas possuem banda larga de altíssima velocidade. Imagine um serviço semelhante ao da NBC, mas com um acervo descomunal que, além de oferecer séries atuais e clássicas, oferece filmes também atuais e clássicos. Agora imagine uma locadora de vídeo, com acervo de filmes e espaço limitado. Você enxerga algum futuro?


Foi divulgado há poucos dias que o iTunes irá oferecer serviço de locação de filmes. Iniciativa louvável. Mas, como diz o próprio nome do serviço, trata-se de locação. E locação é paga. Na Web, é preciso encontrar uma forma de oferecer as coisas de forma gratuita. As pessoas querem tudo para ontem.

Burocracia não combina com a velocidade que a Web permite que as coisas sejam disponibilizadas. Internet tem haver com abundância. Sempre digo isso. Talvez, baseada nessa premissa, a própria NBC retirou seu conteúdo disponível para venda no iTunes e o está oferecendo gratuitamente no HULU.


Aos poucos, os colarinhos brancos que nada entendem do mercado de Internet, irão dar lugar aos novos, que já percebem que cobrar por conteúdo na rede não é lá algo muito interessante. Interessante é viabilizar novos modelos de publicidade.

É aí que o HULU pode evoluir. Ele ainda é baseado no modelo tradicional. Em serviços como este, quem deve pagar a conta é o anunciante e não o internauta. Mas, novamente, como disse James McQuivey, "Nós ainda estamos bem no começo do jogo do vídeo online".

PS.: Para receber um convite e testar o HULU, acesse o site http://www.hulu.com e cadastre o seu e-mail. Mas lembre-se. O serviço só está disponível nos EUA. Mas, como eu disse neste artigo, na Web há um jeito para tudo. Já há quem tenha encontrado um jeito de acessar o portal aqui do Brasil. Se você conseguiu, me avise.

UPDATE: Para acessar o HULU, caso você já tenha recebido o convite, basta fazer o download do HotSpot Shield e conectar o serviço. Como ainda não recebi meu convite, fiz o teste através dos vídeos disponíveis no blog deles. Pelo menos aqui [link Virtua de 2Mb], um vídeo de 2 minutos demorou mais de 1 minuto para carregar pouco mais de 3 segundos!!!

Assista abaixo, um vídeo demonstrando algumas funcionalidades do HULU através de um UMPC

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Obrigado. A "pirataria" me ajudou!

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Primeiro post de 2008. Não vou tratar de misticismo e de outras coisas que muitas pessoas gostam de abordar quando estão retomando suas atividades no ano novo. Assim como o último post de 2007, o primeiro de 2008 será longo, porém, muito interessante. Vou falar de um filme nada convencional que assisti recentemente e o bem que a Internet fez a ele. The Man From Earth é o tipo de filme que você dificilmente irá assistir em uma sala de cinema. Por que?


- É um filme independente. Consequentemente, mesmo lá fora, ele estreou em pouquissimas salas;

- É um filme extremamente instigante. É o tipo de filme que prova que é possível fazer um grande filme com um orçamento limitadíssimo, a ponto de ser filmado em uma única locação! Acredite, é um filme de ficção científica sem efeitos especiais. Acredite novamente: talvez seja o maior filme de ficção do ano. E por que não, um dos maiores já feitos até agora?

- Curiosamente, o filme inteiro é rodado em uma sala de estar! E qual a relação disso com o fato de ele estrear em poucas salas de cinema? Bem, sabemos que blockbusters rendem muito mais que filmes "cabeça". O fato de o filme ser rodado full-time em uma sala de estar, pode espantar muita gente.

No entanto, além de o filme ser bárbaro e extremamente interessante - já imaginou um filme onde o ator principal revela ter 14.000 anos de idade e resolve revelar suas experiências à todos que estão sentados naquela sala de estar, abordando assuntos delicados como religião, guerra, fé e fazendo cair vários dogmas? - ele está ficando conhecido graças ao "download ilegal". Sim, a pirataria! Bem, não gosto de chamar de pirataria o simples fato de você baixar o filme e assistir. Considero pirataria a comercialização desse conteúdo. Mas isso é um outro debate.

O fato é que a dita pirataria tem ajudado e MUITO na divulgação deste filme. Todos sabemos que, de certa forma, a pirataria serve de publicidade não só para filmes [Tropa de Elite...], como também para games que, logo fazem com que consoles de videogame vendam como água em países onde não são fabricados. Não entraremos aqui no debate sobre os prós e contras da pirataria ok?

Estamos na era da abundância. Quando tomamos conhecimento de algo que foi lançado nos EUA ou na Europa, também queremos poder comprar por um preço justo. Uma estratégia de lançamento simultâneo de filmes para cinema não é muito simples, além de ser bastante dispendiosa. Mas estamos na Era da Abundância. A Internet tornou tudo imediato. Não precisamos esperar o lançamento do Facebook no Brasil. As pessoas já utilizam a versão americana.

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Eric D. Wilkinson, o produtor de The Man From Earth: Favorecido pelo compartilhamento do filme na Web.

Por que estou falando isso? Porque está acontecendo o mesmo com o cinema. A maioria das pessoas faz o download de um filme recém-lançado nos EUA porque não quer esperar 1, 2 meses para o lançamento por aqui. Dificilmente essas mesmas pessoas fariam o download caso o filme fosse lançado simultaneamente em todo o mundo.

Houve, recentemente, o caso do filme 3 efes, que foi lançado simultaneamente em Cinema, DVD, TV e Web. Não sei até que ponto essa estratégia funcionou, mas sem dúvida, foi uma atitude corajosa e visionária. Era da Abundância não combina com escassez. Logicamente não é assim tão simples. As redes de cinema querem exclusividade em determinados títulos. Logo depois, as locadoras e as Tvs a Cabo faturam para depois a Tv Aberta ter a sua vez. É um modelo que funciona muito bem, porém, estamos também na Era da Internet, onde quase tudo é de graça e acessível a todos. Há, de certa forma, um contrasenso.


Na indústria da música não é muito diferente. Quantos artistas você conheceu através de "download ilegal"? Quantos deles ficaram famosos graças ao "download ilegal"? Não estou levantando a bandeira da pirataria, mas não há como negar que muitos sucessos foram sucesso graças à pirataria! Isso é um fato.

Estou aqui falando essas coisas, meras suposições, mas muito disso já é uma realidade. O próprio produtor do filme THE MAN FROM EARTH enviou um e-mail ao dono do blog ReleaseLog, agradecendo a divulgação dada ao filme e a todos que compartilharam o arquivo via torrent. Resumindo, ele agradeceu a todos que fizeram o download do filme. "Vocês ajudaram a colocar o meu filme no mapa", disse ele. O e-mail completo você pode ler aqui.

Ah, o filme recebeu nota 8.4 no IMDB. Ele também está no ranking dos melhores filmes lançados neste século. Abaixo, seguem alguns links para mais informações e download do filme:

http://www.manfromearth.com/
site oficial. Neste site, acontece algo semelhante ao modelo Radiohead. Se você realizou o download do filme, o produtor sugere que você faça uma doação. No entanto, o arquivo para download não está no site. Como o próprio produtor é a favor do download do arquivo, disponibilizo aqui um link onde o download pode ser efetuado na íntegra.

http://cinemanotebook.blogspot.com/2007/12/man-from-earth-2007.html
pequeno review do filme

http://imdb.com/title/tt0756683/
link para o IMDB