sexta-feira, setembro 28, 2007

YouTube da Record?

É muito legal quando vemos uma iniciativa partir de alguém que não esperamos. Neste caso, ela partiu da Rede Record de televisão. Como ontem, quinta-feira, houve o lançamento do canal RECORD NEWS, canal de notícias 24horas "ABERTO", houve também o lançamento do website MUNDO RECORD.

A primeira vista, o site do Mundo Record trata-se de um YouTube. Porém, olhando com mais calma, você percebe que não há como enviar vídeos e o que é oferecido ali nada mais é do que TV na Web (até o formato de uma TV é reproduzido na apresentação dos vídeos). Com um padrão de qualidade de imagem excelente, muito superior a maioria dos vídeos disponíveis no YouTube, o Mundo Record oferece notícias captadas direto de seus telejornais.

É como acessar um site de notícias com diversos links. Porém, ao invés de ler as notícias, você assiste à notícia. É tudo muito rápido, desde é claro, que você possua um acesso à Internet via Banda Larga. Faço uso do Net Virtua com 2mb e não tive problemas. Mas nem tudo são flores. Não sei se é porque o serviço foi inaugurado ontem ou por ainda ser um BETA (justamente por ser BETA é que acho que deveria ser ainda mais completo) mas achei o volume de notícias bastante pequeno.

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Mundo Record: não é uma maravilha, mas tem grande potencial de crescimento

Não é possível, por exemplo, se você está no trabalho ou em qualquer outro lugar em que não possa ter acesso a uma TV (quem precisa de tv anyway? =]), manter-se atualizado exclusivamente pelo site do Mundo Record. Não há muita variedade. Um outro problema é que não há como filtrar notícias por tema: mundo, economia, tecnologia, artes & espetáculos, música & cinema. Há apenas uma série de links selecionados, cerca de 20 links/vídeos por dia (o que é muito pouco para o volume de informações que temos durante um dia). Além disso, a interação com o usuário é mínima. Está aí algo que poderá ser melhor aproveitado no futuro.

De qualquer forma, achei a iniciativa da Record bastante positiva. Acredito que o serviço pode e irá evoluir bastante. Não deixe de conferir.

Ps.: A TV com a propaganda da Samsung, disponibilizando o link para o site da empresa, foi genial =D

quinta-feira, setembro 27, 2007

YouTube expõe CENSURA da FOX!

Saiu na revista ÉPOCA, dessa semana, na sessão BOMBOU NA WEB, uma nota sobre o vídeo censurado da atriz Sally Field, que foi visto no Youtube mais de 1,1 milhão de vezes.

O vídeo de Sally se trata da premiação do Emmy, que aconteceu na semana passada, quando a atriz foi concedido o prêmio de melhor atriz de drama na série Brothers and Sisters, transmitida pela NBC. Na série, Sally faz o papel de uma mãe cujo filho vai para a guerra do Iraque como soldado.

Ao receber o prêmio, a atriz se empolgou e resolveu dar um pequeno discurso "anti-guerra", onde foi literalmente censurada pela FOX. E assim foi: "Se as mães dirigissem as guerras, não haveria mais...". Neste momento, a FOX eliminou o som da transmissão e retirou o foco da atriz, passando a filmar o auditório a partir de uma visão aérea, só voltando para o palco, no momento da conclusão do discurso da atriz. Assista ao vídeo logo abaixo.



A FOX é acusada de apoiar os interesses de BUSH já há algum tempo. Sem Youtube, o ocorrido não teria tal impacto. Nós, aqui no Brasil, muito provavelmente também desconheceríamos o fato, com a exceção dos que assistiram à transmissão ao vivo, através de tv a cabo. Com a popularização, cada vez mais maciça da Web, eventos como este serão conhecidos mundo afora, o que poderá minar a credibilidade de várias corporações, o que já vem acontecendo.

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Sally Field:
O Youtube e a Web deram proporções ainda maiores a todo o ocorrido

Mesmo com todo esse buzz gerado em torno de Sally, ainda não há uma reação à altura. Gostamos de falar que a censura é coisa do passado. Parece que não é só no Brasil que, volta e meia, ela resolve mostrar a sua cara. Para o bem de todos, a Web é democrática e sem censura, pelo menos na maioria dos países. Para que haja um "impacto" maior em torno destas questões, a "maldita inclusão digital" se faz necessária. Como disse a Thiane, em um comentário realizado no post anterior, "discutimos a Web como se fosse coisa de elite". A Web não pode ser "coisa de elite". A "maldita inclusão digital" será uma forma de trazer mais opiniões, indignação e, por conseqüência, MAIS AÇÃO.

TOMARA! E você, o que você acha?

quarta-feira, setembro 26, 2007

Enfim, música para TODOS!

Hoje, no banco, ouvi uma conversa bastante comum, hoje em dia, entre dois assistentes de atendimento à caixa eletrônico:

- Então cara, ontem passei um sufoco pra conseguir um computador vago na lanhouse.
- É mesmo? Tá cada vez mais concorrido né? Tu foi fazer o que lá?
- Então, levei meu pen drive pra baixar músicas cara. Sabe como eu faço?
- Hmmm...
- Vou lá, me sento, e fico baixando mp3 até meu tempo acabar. Quando termina, coloco meu pen drive e transfiro as músicas pra ele.
- Tá. Mas teu pen drive também serve pra ouvir música?
- Sim sim, é daquele FOSTON.

É, na era dos iPods, os mp3 players genéricos fazem a festa também. Mas não era assim. Era caro ter um dispositivo móvel que permitisse que colocássemos mp3 dentro e saíssemos andando por aí. Na realidade, era um privilégio para poucos. Ainda lembro. Quando comprei meu mp3 player da Foston, em 2005, paguei R$300,00 por 256mb. Já era bem mais barato que um iPod, mas se for comparar este preço ao que é ofertado hoje em camelôs, chego a me sentir como se tivesse sido enganado.

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Depois que comprei meu iPod, vivo com meus ouvidos ocupados... afinal, a vida fica muito mais interessante com uma trilha sonora.

Ontem mesmo, me ofereceram um pen drive com 1gb de espaço por R$50,00. Certo, não serve para ouvir música, mas 1gb de armazenamento é uma quantidade considerável. É possível comprar mp3 player, com muito mais de 256mb, por R$100,00. É por isso que as pessoas estão ouvindo música como nunca. Nunca vi tanta gente ouvindo música nas ruas como agora. Até os celulares estão contribuindo para isso. É fone de ouvido para tudo que é lado. Graças ao formato MP3. E graças à popularização desses aparelhos.

Fones brancos não são mais exclusividade de quem tem iPod. Praticamente, todos os mp3 players (ou a grande maioria deles) vem com fones brancos. Até quem não gosta de música está ouvindo música. Sendo assim, está cada vez mais difícil falar com as pessoas. Mas isso é outra discussão, que não vem ao caso agora. Aproveitando a deixa, por que será que quando estamos com fones de ouvido, alguém insiste em conversar, ignorando o fato de você estar ouvindo música? Será que acham que conseguimos ouvi-los?

Música para este post:

Música para ouvir (Arnaldo Antunes)

"música para ouvir no trabalho
música para jogar baralho
música para arrastar corrente
música para subir serpente
música para girar bambolê
música para querer morrer
música para escutar no canto
música para baixar o santo

música para ouvir música para ouvir música para ouvir

música para compor o ambiente
música para escovar o dente
música para fazer chover
música para ninar nenê
música para tocar na novela
música de passarela
música para vestir veludo
música pra surdo mudo
música para estar distante
música para estourar o falante
música para tocar no estádio
música para escutar no rádio
música para ouvir no dentista
música para dançar na pista
música para cantar no chuveiro
música para ganhar dinheiro

música para ouvir música para ouvir música para ouvir

música para fazer sexo
música para fazer sucesso
música para funeral
música para pular carnaval
música para esquecer de si
música pra boi dormir
música para tocar na parada
música para dar risada
música para ouvir música para ouvir música para ouvir
música para ouvir música para ouvir música para ouvir"

segunda-feira, setembro 24, 2007

Como será o Mundo Digital em 2020? - Parte V - Videogames

Depois de todo o texto que perdi ontem, estou de volta, para encerrar a série "Como será o Mundo Digital no ano de 2020", com a 5ª parte, onde vou falar sobre os VIDEOGAMES.

Como serão os VIDEOGAMES no ano de 2020?
De todos os temas que escolhi para tentar imaginar no ano de 2020, games e videogames talvez seja o mais fácil, por um simples fato: essa indústria evolui num ciclo médio de 5, 6 anos. Não que não haja evolução nesse intervalo, mas os novos videogames, dotados de novas tecnologias, só causam impacto quando são lançados, o que costuma acontecer dentro desse período.

Tivemos em 2000, nos EUA, o lançamento do fenômeno Playstation 2. Teoricamente, o console teve seu ciclo de vida encerrado no ano de 2006 (concluindo aí os seus 6 anos de vida). Porém, na prática, ainda há lançamento de alguns títulos, mesmo que não tão relevantes como aqueles que eram lançados enquanto o console estava em alta.

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É, já foi assim...

Dessa maneira, desde que o mundo não sofra uma grande crise (vamos ver como nos sairemos desta que está querendo emergir) e que os players atuais continuem na briga (leia-se Sony, Nintendo e Microsoft - esta última, ao meu ver, com menos chances até lá) este ciclo de 5, 6 anos deve perdurar. Teoricamente, o Playstation 3 teria seu ciclo de vida encerrado em 2012. Não seria errado imaginar que, em 2020, o Playstation 4 já estaria "respirando com a ajuda de aparelhos", aguardando a introdução do próximo console da Sony (Playstation 5?)

Nintendo Wii: a ponta do Iceberg
É notável o sucesso da guinada estratégica da Nintendo. Acredito muito que, ao invés de brigar pela evolução gráfica dos games, através de processadores cada vez mais robustos, as empresas irão competir pela capacidade de inovar no fator JOGABILIDADE. A EXPERIÊNCIA será o principal diferencial. Estamos, desde o final da década de 70, jogando games da mesma forma. As evoluções gráficas e a capacidade dessas empresas em criar roteiros envolventes para seus games (muitas vezes até competindo com produções de Hollywood), são inquestionáveis. O ponto que estou querendo discutir aqui, não é esse.

Creio que a próxima geração de consoles terá, não apenas o Wii como representante nessa categoria. Acredito que os "outros 2" também implantarão sistemas sofisticados, porém, simples para os usuários operarem, que irão fazer com que os games ganhem muito mais em interação. Quando falo que o Wii é apenas a ponta do iceberg, me refiro ao fato de que ele apenas mostrou para as pessoas (e por que não ao mercado?) que um console que não é focado em sofisticação gráfica, como seus concorrentes, pode "vencer" baseado em algo muito mais simples: a capacidade de entreter o jogador, de fazer com que ele se sinta realmente lá, dentro do jogo, seja lutando, correndo, atirando, jogando tênis.

A Sony e o Projeto HOME: o iceberg se estende...
A Sony planeja, até o final desse ano, o lançamento da HOME - seu grande projeto baseado em Second Life, porém exclusivo para usuários de Playstation 3. Falei aqui sobre o projeto HOME. Vamos imaginar que, já no Playstation 4, a Sony transforme completamente a forma de jogar. A comunidade virtual HOME seria um projeto muito bem sucedido, onde os usuários iriam interagir entre si fazendo uso não apenas de chats - ferramenta que faz mover o Second Life - mas disponibilizando ferramentas de interação como um sensor de movimentos, webcam (conceito já bastante difundido nos games atualmente) e um nível de interação com outros usuários jamais visto.

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... e poderá ser assim!

Sabe-se que o projeto HOME inclui cinemas, shopping centers e vários outros locais para entreter usuários, além, é claro, de locais para simplesmente, jogar. Agora imagine-se em um Shopping, dentro da HOME. Você poderia convidar alguém para assistir à um filme e interagir com ela através de áudio e outras possibilidades que ainda não consigo imaginar. Os avatares, que hoje são mania, seriam substituídos pela imagem REAL das pessoas na tela. Ok, continuaria havendo os anônimos, afinal de contas, muita gente prefere não revelar a sua identidade.

Matrix e os Games
Todos ficaram maravilhados com a demonstração de possibilidades de jogatina apresentadas no filme Matrix, em 1999. É muito provável que realmente grande parte do que foi mostrado venha a acontecer. Mas como estamos falando de 2020, acho cedo demais. Tudo bem que a tecnologia está evoluindo cada vez mais rápido, mas com toda essa correria, várias "questões básicas" estão sendo deixadas para trás.

Não seria loucura imaginar que, muito em breve, um GRANDE CAOS poderá acontecer na rede. O Direito não consegue acompanhar as inovações. Não há leis regularizadas. Ok, a Internet não pode funcionar engessada. Concordo. Mas estamos em cima da linha que separa o antigo do novo. Imaginamos que já vivemos o novo. Mas isso não é verdade. Nossos modelos industriais e trabalhistas AINDA pertencem ao século passado, todos nós sabemos disso.

De qualquer forma, até 2050, espero estar vivo para poder presenciar e experimentar a indústria do entretenimento eletrônico que está por vir. Vou querer resgatar este texto até lá =D

Resumindo, estas são algumas das características que imagino para um console do ano de 2020:
- Compra de games SOMENTE através da WEB;
- Acesso à comunidades de jogadores de todo o mundo;
- Acesso à opiniões de outros leitores com relação a títulos recém-lançados;
- Eletrodoméstico PRINCIPAL no que diz respeito a combinação AUDIO-VIDEO;
- Compartilhamento de jogos feitos pelos próprios usuários (crowdsourcing);
- Experiência REAL de jogo: você poderá sentir até o vento em uma pista de corrida;
- Lançamento de serviços para redes baseadas em consoles. Seria uma Internet Paralela.

E você, o que acrescentaria nesta lista? Comente!

Leia também:
Parte I: A TV e a Internet no ano de 2020
Parte II: Os Mp3 Players no ano de 2020
Parte III: O Cinema no ano de 2020
Parte IV: A Música no ano de 2020

Deu TILT!

É realmente uma M quando você escreve um texto inspiradíssimo e, do nada, você descobre que o seu computador simplesmente TRAVOU. PAROU. CONGELOU. Foi assim que eu acabei de perder a 5ª e última parte da série "Como será o Mundo Digital em 2020", que iria abordar o assunto GAMES.

Eu já estava finalizando o texto, acrescentando as figuras quando, fui surpreendido. Mexi com o mouse e o ponteiro na tela não acompanhou. Teclado travado. Tudo travado. O Windows XP, o mesmo que eu recentemente vinha elogiando por não ter travado mais (acho que o meu não travava há mais de 8 meses) resolveu me sacanear justo agora..

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Ok, ela não apareceu. Mas a sensação foi a mesma...

Ok, burrice minha. Deveria escrever o texto no Word para depois colar aqui. Eu fazia isso, mas por alguma razão que desconheço, o texto que é colado aqui perde toda a formatação e não há santo que dê jeito. O resultado final fica uma M. Há alguns meses, o Blogger fez uma alteração bem interessante. Enquanto escrevíamos um post, o sistema ia salvando o texto de tempo em tempo.

Achei aquilo bárbaro, me resolvia todos os problemas e eu escrevia sem maiores preocupações. Mas de uns tempos para cá, este serviço parou de funcionar como deveria. O botão SALVAR AGORA continua lá mas, quando dou um click nele, NADA acontece. E agora?

Agora vou interromper a série e esperar que a inspiração bata novamente. Enquanto isso, outros assuntos vão seguindo por aqui. Espero que volte a me inspirar a escrever sobre o tema, pelo menos, até antes de 2020. Senão vai ficar muito óbvio =(

terça-feira, setembro 18, 2007

Como será o Mundo Digital em 2020? - Parte IV - Música

Chegamos na 4ª Parte do especial "Como será o Mundo Digital no ano de 2020". Confesso que estou tendo dificuldades em colocar tudo que imagino em tão pouco espaço, tendo sempre o cuidado para não me estender demais, tendo em vista que estou escrevendo para um blog, e também para não passar por cima de idéias que poderiam ser melhor exploradas.

Mesmo assim, vamos em frente. O tema deste post será sobre a INDÚSTRIA DA MÚSICA: Quais serão os impactos que o Mundo Digital irá impor para as gravadoras, além dos já correntes? Haverá gravadoras em 2020? Será mais difícil emplacar, devido a quantidade e variedade que a Web nos oferece? Os CDs irão mesmo acabar?

Muitas destas questões até conseguimos discorrer com certa facilidade, tendo em foco os impactos atuais causados pela tecnologia. Procurarei não focar no HOJE, mas em 2020, nas POSSIBILIDADES. Sempre gosto de deixar isto bem claro, desde a 1ª parte deste especial. Here we go again...

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THE POLICE

Conhecer novos artistas hoje é, sem sombra de dúvida, muito mais fácil do que em qualquer época na história. Tem-se até a impressão de existir mais gente no ofício de músico. A Internet possibilitou, mais do que nunca, a aproximação de culturas distantes no mapa, mas que, através dela Web, se tornaram-se vizinhas e até chegam a compartilhar do mesmo 'bairro'. Eu, sinceramente, nunca vi tanta gente ouvindo música como agora. É impossível sair na rua e não perceber alguém com fones de ouvido, balançando a cabeça, batendo o pé, batucando. Há tempos atrás, quem usava fones de ouvido nas ruas, era 'descolado'.

Com tudo isso, a indústria fonográfica assiste, pasma, a essa evolução que não para mais. Assisti ontem, um programa onde um dos diretores de uma grande gravadora declarou: "Não estamos mais na fase da transição. A transição já passou. Foi ontem. E nós estamos atentos aos novos formatos. Acredito que nos próximos anos, as gravadoras ressurgirão através de um outro modelo, mais maduras". No mesmo programa, um dono de loja de discos declarou: "Para mim, o grande vilão foi o CD. As gravadoras têm grande parcela de culpa por adotarem o modelo". Bem, cada um tem o direito de defender a sua opinião e, principalmente, o seu negócio.

MUDANÇA DE ÉPOCA
Uma coisa é certa: não há mais como sustentar o modelo atual. Se agora que a Internet começou a mostrar do que é capaz, tudo isso é só o início. Sim, leva tempo para o mundo se acomodar a esse 'terremoto'. Kevin Kelly, fundador da revista Wired, foi muito feliz em sua colocação: "Não estamos mais em uma época de mudança, mas sim em uma MUDANÇA DE ÉPOCA". Acho que ele deixa bem claro porque o mundo está passando por todo esse período de incerteza. "Um investimento perfeitamente sensato na segunda-feira pode se tornar uma especulação tola no dia seguinte", disse Robert J. Samuelson, colunista da Revista NewsWeek, na Época Negócios deste mês.

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ARCTIC MONKEYS: Promovidos pela Web

Além das mudanças que todos os mercados estão enfrentando, a indústria da música agora passa a ser refém da tecnologia. E as pessoas começam a perceber isso. Descobri, semana passada, 2 sites bastante curiosos. O primeiro deles, o SELLABAND propõe um modelo de negócios completamente oposto do atual vigente. O conceito, chamado de Crowdfunding, que nada mais é do que a economia da doação, partindo do princípio que você conhece o receptor e sente prazer em ajudá-lo, para que ele consiga alcançar um status que, de alguma forma, também irá beneficiar você. Para saber como funciona o serviço, acesse o post sobre Crowdfunding e o Sellaband no Update Or Die, clicando aqui.

O outro é o Hype Machine, que foi mencionado na nossa Rolling Stone, deste mês. O site é como um GOOGLE voltado exclusivamente para descobrir novas bandas. Você simplesmente digita o nome do artista em uma caixa e clica em search. Em seguida, o serviço reúne várias informações sobre a banda, incluindo MySpace, link para a compra do CD na Amazon ou do arquivo digital no iTunes, link para Blogs que estão falando do artista e um link para ouvir a música, geralmente hospedada no blog onde ela foi mencionada.

Não é necessário o download de Mp3. Com isso, o serviço trabalha dentro do que se diz "legalidade" (e se fosse ilegal? seria até 2020?). Para testar o serviço, busquei pela banda inglesa ARCTIC MONKEYS. Para minha surpresa, o sistema retornou vários links, um deles com uma versão rara de You Know That I'm Not Good, da inglesa Amy Winehouse, executada por eles próprios.

5 POSSIBILIDADES PARA 2020
Dados estes exemplos, vamos TENTAR IMAGINAR como poderá ser o 'negócio da música' no ano de 2020:

1. Os shows serão SEMPRE transmitidos através dos portais (portais? até lá, como já falei aqui, serão uma espécie de Second Life evoluído). Para assistí-los, o usuário pagará uma taxa, e terá o direito de assistir ao show na íntegra. Em 2020 não haverão mais as dificuldades atuais com a transmissão de dados em massa. A qualidade das imagens transmitidas pela Web, avançará de forma espantosa, e será possível comprar o pacote inteiro da turnê de seu artista predileto.

2. Foi ao show? Gostou da música? Se estiver com um iPod (ou algo do gênero), Celular ou um MOBILE qualquer, poderá fazer o download, via Wireless, de todo o show, minutos após o seu fim. A concorrência entre artistas será pela DISTRIBUIÇÃO de material.

3. Como não haverão mais gravadoras, pelo menos não como as conhecemos hoje, haverá gente especializada em divulgar artistas na Web. Sempre será necessário que haja alguém para organizar essa parte. Como já está provado que sem gravadora é possível até ir mais longe, como já fizeram CSS e Bonde do Rolê, entre outros, estar bem colocado na rede será como ter uma fita DEMO: Primordial.

4. Como será mais difícil fazer SUCESSO em escala global por muito tempo, devido a grande variedade e facilidade com que as pessoas descobrem novos talentos, haverá um ciclo de artistas cada vez menor. 40, 50 anos de carreira? Rolling Stones, Madonna, Michael Jackson? NUNCA MAIS! Acostume-se a discutir cada vez mais no boteco: "As bandas antigas é que eram boas. Duravam 20, 30 anos...".

5. Como ainda estaremos lutando por TEMPO, lançar álbuns como é feito hoje, com até 15 faixas, será algo completamente fora de questão. Como haverão mais artistas em evidência que hoje (mesmo que por menos tempo), lançar um disco duplo então, será um ato insano. As bandas irão gravar gradualmente, durante o ano. Com isso irão conseguir prender, por mais tempo, a atenção de seus seguidores. Como não dependerão de gravadoras, assim que houver inspiração, gravarão algo.

Ah, os CDs? Acho que eles não irão acabar. Mas serão rebaixados da posição atual que ocupam: servirão apenas de cartão de visita =D

O que mais você acrescentaria nesta lista? Sugira através dos comentários. Até a Parte V!

UPDATE: Assista ao vídeo abaixo, que tenta imaginar como será a MÍDIA em 2050. Vale à pena!



Leia também:
Parte I: A TV e a Internet no ano de 2020
Parte II: Os Mp3 Players no ano de 2020
Parte III: O Cinema no ano de 2020

sábado, setembro 15, 2007

Como será o Mundo Digital em 2020? - Parte III

Muito bem. Chegamos à 3ª parte da série "Como será o Mundo Digital em 2020?". Depois de tentar imaginar como será a TV, a Internet e os Mp3 Players no ano de 2020, vamos viajar um pouco mais, dessa vez, sobre as possibilidades do Cinema.

O CINEMA NO ANO DE 2020
Muito se falou, em 2001, quando foi lançado o filme/animação FINAL FANTASY: The Spirits Within. A mídia fez muito alarde, colocando em cheque até o futuro do emprego de atores: Seriam eles substituídos por personagens animados gerados em computadores de última geração, com texturas próximas à realidade e expressões quase perfeitas? Eu ainda me recordo de uma matéria que foi ao ar no Video Show, na Rede Globo, colocando esta questão em debate. Os atores, obviamente, não temiam sobre a possibilidade por uma questão básica: Emoção de verdade, SOMENTE o ser humano é capaz de passar.

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Muito bem. Isso foi em 2001. Estamos em 2007 e o que aconteceu com relação a essa questão? NADA. A Square, que na época firmou parceria com a SONY para o desenvolvimento do filme/animação mais próximo da realidade, na época, quase faliu, devido ao desempenho pífio gerado nas bilheterias ao redor do mundo. Foi um fracasso estrondoso. Minha opinião? Apesar do filme ser adaptado de um jogo de videogame (fato que já reduz em mais de 50% as possibilidades de êxito), ele é, na pior das hipóteses, curioso. Se você não gostasse do filme, ao menos iria apreciar a beleza estética.

2020. E o cinema? Iremos mesmo deixar de ir à salas de cinema para assistir à filmes como fazemos há décadas? Iremos falir produtores de milho, já que o consumo de pipoca irá sofrer queda em todo o mundo? =D Acho que a resposta é um tanto óbvia: é LÓGICO que não. Mas COM CERTEZA, a indústria do cinema e seus estúdios imponentes, certamente irão sofrer uma grande reformulação, da mesma forma que as gravadoras estão passando hoje. Cada vez mais pessoas comuns, como eu e você, irão produzir conteúdo.

Da mesma forma que bandas hoje não precisam de gravadoras para lançar um sucesso, muitos diretores e produtores, irão lançar seus produtos através da Internet, alcançando sucesso de forma meteórica. Os produtores de conteúdo vieram para ficar. E eles não são, necessariamente, profissionais. Além do mais, iremos sim, baixar cada vez mais filmes pela Web. Você não? Bom, toda essa nova geração vai. Semana passada, minha prima, a Ana, veio me falar: "Rodrigo, baixei Duro de Matar 4. É bom?" Minha prima e nem ninguém da minha família é chegado em download de filmes. Mas assim que a Ana colocou Banda Larga, a festa teve início. A propósito, Duro de Matar 4, se você não assistiu, é ótimo. E é TODO focado em Web =D

Todos nós sabemos que muita gente não baixa filme porque tem conexão discada. Agora imagine um Brasil com 100% da população com acesso à Internet através de Banda Larga. Imaginou? Bem, agora imagine também, que o nosso país vai continuar crescendo e que não haverá mais uma grande reviravolta na economia (sei que é difícil, mas tente =D). Acesso à Web com Banda Larga, será como ter celular pré-pago. Alias, já andei ouvindo que há projetos para uma Internet Pay Per View. O usuário compra 30min. ou 1 hora de acesso e faz qualquer tipo de download.

Quando o prazo expira, a conexão se encerra ou volta a ser discada. Em um cenário assim, é lógico que downloads de filmes irão aumentar numa taxa nunca antes vista. Mas e os cinemas? As pessoas continuarão a ir? Sim, mas a grande maioria irá ao cinema para assistí-lo pela 2ª vez, pois já assistiu em casa, através de download. Ou só irá ao cinema se, ao baixar o filme em casa, tenha gostado tanto, que prefere repetir a experiência em uma sala grande, com um tela gigante em altíssima resolução, para ter a famosa "experiência coletiva", afinal de contas, não há nada melhor que assistir uma excelente comédia com todos rindo ou um bom suspense com todos pulando da cadeira junto com você.

Com as músicas já acontece assim. Ou você compra CD sem ouvir? Eu só compro CD se gosto muito da banda. Lógico que antes ouço o álbum inteiro em mp3. Mesmo assim, é muito RARO eu comprar o CD, já que quando me dou conta, já estou cansado de ouvir aquelas músicas, que já estão no iPod há mais de 3 meses. Isso já acontece com os filmes também, mas em uma escala muito reduzida, pelo menos no Brasil. Acredito que a maior barreira para que isso aconteça de forma mais rápida, também com o cinema, seja o tamanho dos arquivos de filmes (800 Mb, em média, dependendo do formato).

A partir daí, 2 coisas poderão acontecer, inclusive antes de 2020: A popularização da banda larga e/ou a criação de um novo sistema de compressão de arquivos de vídeo. Imagine o que a compressão de um filme de 800 Mb para 20 Mb, por exemplo, poderia fazer com o mercado. Certamente quem não fazia download de filmes, passaria a fazer.

CONCLUSÃO
Uma coisa é certa: Muita gente, cada vez mais, antes de ir ao cinema, vai conferir o filme em casa. Caso valha à pena assistir ao filme novamente, as pessoas irão ao cinema atrás da "experiência coletiva". Mas também acontece que, muita gente vai ao cinema somente por entretenimento ou para namorar. Para estes, a coisa não muda: pipoca, amassos, risadas e muito barulho na sessão =D

O Cinema Digital e 3D serão padrão, e não mais opções. As animações irão evoluir muito mais, mas os atores ainda estarão lá. Afinal de contas, imagine o desastre: assistir à um drama todo feito em animação computadorizada. Será que você sentiria aquele famoso "nó na garganta?" Bom, tudo é possível. De qualquer forma, deveremos estar vendo Matrix VII, Exterminador do Futuro VIII, ROCKY XIII, Rambo XI... Que venham sequências. Só espero que até lá resolvam o problema com as legendas brancas =D

Até a Parte IV, onde vou falar um pouco sobre como poderá ser a música no ano de 2020!

Leia também:
Parte I: A TV e a Internet no ano de 2020
Parte II: Os Mp3 Players no ano de 2020

quarta-feira, setembro 12, 2007

Como será o Mundo Digital em 2020 - Parte II: Fim dos Celulares e dos Tocadores de MP3?

Cá estamos nós, outra vez, para exercitar algumas possibilidades sobre Como será o Mundo Digital no ano de 2020. Antes de partirmos para o oráculo, vale lembrar, como disse um amigo meu: "Cara, acredito que entre 2010-2015 a maioria dessas coisas já estará vigorando". E é verdade. Estou apenas utilizando 2020 para poder viajar um pouco mais =D

HERE WE GO AGAIN:

COMO SERÃO OS MP3 PLAYERS NO ANO DE 2020?
Os tocadores de mp3, tão populares hoje em todo o mundo (no Brasil graças à FOSTON e a outras marcas, classificadas por algumas revistas, como 'iPobres'), serão bem diferentes das atuais maravilhas da Apple, vide iPod e iPhone.

Se o ano é 2020, obviamente iPods e iPhones estarão superados. Mas o que estou querendo dizer é que o conceito será diferente. Os tocadores de mp3 seguem, atualmente, o modelo de armazenamento com memória flash ou disco rígido. Precisar usar algum tipo de dispositivo para armazenar o conteúdo NO APARELHO, acaba por torná-lo mais caro. É um componente que influencia bastante no custo final.

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Se pararmos para pensar um pouco, é quase uma questão de lógica imaginar que os tocadores de música daquele ano não irão possuir mais dispositivos de armazenagem NO APARELHO. Não pelo limite da capacidade de armazenar dados. Esse sempre aumenta, junto com o preço, é verdade. Mas, graças a miniaturização constante dos componentes, esse problema é sempre resolvido. Acredito que ainda ANTES de 2020, iPods e 'iPobres' terão armazenamento REMOTO, via servidores localizados em diversas partes do mundo.

Haverá uma abertura de mercado para suprir esse tipo de demanda, cada vez mais crescente. Você poderá acessar suas músicas diretamente do seu computador ou de um servidor no Japão, por exemplo, onde você pagará uma anuidade irrisória pelo uso do serviço (algo como o pagamento de um domínio na Web). Tudo isso, andando/correndo pela rua.

Recursos de última geração, irão fazer com que a comunicação dos players com seus servidores aconteça de forma veloz, como se o conteúdo estivesse armazenado LOCALMENTE. Vídeos, músicas, slides, telefone, editores de textos, planilhas. A convergência, que hoje é uma tendência, em 2020 será lei. Não haverá mais dispositivos realizando uma única tarefa. É por essa razão que eu acredito no fim dos CELULARES e dos TOCADORES DE MP3. Pelo menos no fim dessas palavras.

Hoje, quem possui iPhone, já não fala mais que possui CELULAR. Haverá tanto recurso neste dispositivo (conversar assistindo a pessoa do outro lado da linha será um serviço comum, estável e de qualidade) que acredito que será chamado apenas de MOBILE, devido a dificuldade de rotulá-lo. Cada empresa, certamente, nomeará a sua cria. Mas para nós, usuários, será MOBILE. Enviaremos filmes inteiros via MOBILE, para outro MOBILE, com qualidade superior a qualquer BlueRay disponível hoje, no mercado.

Resumindo, esses aparelhos não serão revolucionários. Apenas agregarão muito mais funções. A revolução foi a criação do telefone celular, num passado não muito distante. O que virá depois de tudo isso? Talvez em 2020, quando eu estiver escrevendo "Como será o Mundo Digital em 2040", seja bem mais fácil =D

Exageros a parte, acredito que em 2010 este texto estará óbvio ou completamente equivocado.

Até a Parte III.

domingo, setembro 09, 2007

Como será o Mundo Digital em 2020? - Parte I

Antigamente, imaginar como seria o mundo 10 anos a frente não era lá algo muito difícil de se prever. Pelo menos no que se refere à tecnologia. Pouca coisa mudava. Na realidade, muita coisa evoluía e pouca coisa revolucionava.

Hoje, em intervalos de 5 anos (as vezes até menos), temos grandes mudanças relacionadas à tecnologia que, fatalmente impactam em nosso dia a dia. Fazer Marketing atualmente, envolve muito mais variáveis que há 20 anos atrás, como ilustra de forma brilhante o Ricardo Cianciaruso, do blog "É Nóis", que faz parte do portal da ótima revista Época Negócios, uma alternativa a Revista EXAME.

Ricardo apresenta também, dois casos muito interessantes. Um deles relata sobre um caso de descaso da Chevrolet com um cliente proprietário de um Meriva e o impacto causado pelo cliente descontente. O outro caso ilustra o foco da Microsoft em blogs corporativos. Vale a pena a leitura!

A partir desta ilustração, tentarei não prever, mas imaginar de forma bastante descompromissada, como poderá ser a Web no ano de 2020. Como o marketing e as empresas irão tirar proveito da nova Web, que nos espera naquele ano? Espero que eu não erre tão feio como errou Stanley Kubrick em sua obra definitiva, 2001: Uma Odisséia no Espaço. O objetivo aqui é apenas exercitar possibilidades. Olhando dessa forma, talvez Kubrick tenha feito exatamente isso com a sua Odisséia.

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A partir desta realidade atual, vamos tentar imaginar...

A TV NO ANO DE 2020
Em 2020 as TVs de plasma estarão dentro da grande maioria dos lares, assim como hoje estão as TVs de tubo. Além do produto ter se tornado popular, devido a queda no preço dos componentes de produção, as TVs, além de disponibilizarem imagem de altíssima qualidade em todos os lares, permitirão que os telespectadores não só interajam com a programação em exibição da forma como conhecemos hoje, mas também farão compras assistindo seus programas prediletos (acredito sinceramente que isso vá acontecer muito antes de 2020).

Ao assistir a novela das 8 (será que a Globo ainda estará com a mesma programação?) o telespectador poderá intervir na novela e clicar, através do controle remoto, na roupa que o chamou a atenção e ser redirecionado, através de um link, para um portal de comércio eletrônico, onde poderá ser realizada a compra da roupa, do carro, do perfume, da comida ou de tudo mais que estiver a venda naquele capítulo da novela.

Com isso, os comerciais de 30 segundos perdem total relevância (atualmente já percebemos que eles não produzem os mesmos resultados), uma vez que o conteúdo relevante inserido dentro de filmes, novelas, telejornais, documentários, passa a ser muito mais interessante e segmentado de forma mais eficiente. Com isso, os investimentos em publicidade passam a assumir de vez o modelo interativo, que já existe hoje, porém de forma tímida e embrionária, se comparado ao que irá se tornar.

A INTERNET NO ANO DE 2020
Acessar a Web através de browsers, como fazemos hoje através do Internet Explorer, Mozila Firefox, Safari e outros, será coisa do passado. Ao invés de digitar websites, faremos parte de uma gigantesca comunidade no estilo de Second Life, porém muito mais evoluída, complexa, de fácil usabilidade e muito mais útil que o Second Life atual. Dentro dessa gigantesca comunidade virtual mundial, (chamaríamos de WCW - World Comunity Web?) não digitaríamos mais urls. Ao invés disso, locarizaríamos, através de mapas interativos, assuntos de interesse por relevância.

Se você estiver inserido em uma comunidade virtual sobre culinária, por exemplo, poderá requisitar links dos portais mais bem avaliados por usuários daquela comunidade, sobre o assunto culinária. Delírio? A Wikia Search, está começando a caminhar neste sentido. As empresas, ao invés de possuírem meros websites, fariam parte ATIVAMENTE desse ambiente virtual, oferecendo realmente CONTEÚDO e RELEVÂNCIA nesse mundo virtual. Haverá posicionamento e segmentação, da mesma forma que há no mundo físico, diferente do que aconteceu recentemente com as empresas que entraram no Second Life apenas por entrar, para marcar presença, sem realmente ATUAR.

De alguma forma, que ainda não consigo imaginar, os portais (sites) não serão da mesma forma como os vemos hoje. Esses conteúdos serão exibidos em ambientes 3D, de forma totalmente dinâmica, onde você poderá interagir ao vivo com os usuários que também estão visitando o portal, local, comunidade, ilha, bairro virtual, naquele momento. Delírio? O Joost também já caminha neste sentido =D

Ainda há muito mais para falar e imaginar por aqui. Nos veremos na Parte 02. Até lá!

quinta-feira, setembro 06, 2007

iPods: a 6ª Geração!


Apresentação do iPod Touch: um iPhone sem telefone. Um iPod em sua essência

E os novos
iPods? Gostaram? O que acharam do novo Nano? Impossível não se apaixonar não é mesmo? Parece que agora o Nano ocupa o lugar do antigo iPod Vídeo, só que com menos espaço de armazenamento. O iPod Vídeo, agora virou o clássico da companhia. Armazena nada menos que 180 GB!

Bom, eu não imagino o que colocaria nesse aparelho, já que ainda não consegui utilizar os 30 GB disponíveis do meu bom e velho Vídeo. Quando o comprei, há cerca de 9 meses atrás, passados alguns meses, eu já havia esgotado todo o espaço de armazenamento daquela belezinha. Acho que nem 40% do espaço utilizado era com algo que prestasse =D

Passado o tempo, logo percebi que assistir filmes no iPod é algo broxante! No início você tem todo aquele ar de novidade. Você chega a pensar em um absurdo: "Que maravilha, é melhor do que assistir na TV", tamanha é a sua empolgação. Logo você se cansa e percebe que o advento do vídeo será utilizado muito raramente, quando muito, para assistir shows e videoclipes.

Voltando para a nova linha de iPods, já que o meu Vídeo é algo "velho demais" (hehehe) para se tratar neste post, creio que o iPod Touch será mais um tremendo sucesso. É a grande tacada de Jobs para quem não via necessidade em comprar um iPhone e nem gostaria de ter um telefone integrado com um iPod. Há muita gente que prefere exibir um aparelho celular de última geração e trocá-lo a cada 4, 5 meses.

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Se fosse para escolher dois deles, eu ficaria com um Nano e um Touch. iPhone? Antes sim, agora não mais =D

A grosso modo, o iPod Touch é um iPhone sem telefone. Ele não possui alguns outros itens, disponíveis no iPhone, mas a GRANDE diferença está mesmo na ausência do telefone. Além dos recursos que já estavam disponíveis no iPhone, gostei muito do upgrade na capacidade de armazenamento: 16 GB com memória flash!

Não vai demorar muito para assistirmos pessoas nas ruas brincando com a telinha sensível ao toque. Ta aí mais um produto para os trombadinhas ficarem de olho! E você, mais ainda. Eu continuarei com o meu iPod Vídeo até ele dizer "CANSEI" =D

Outros continuam dizendo: "Nada substitui o meu FOSTON! Ele não tem nenhuma restrição e posso plugá-lo em qualquer computador sem instalar nenhum software!"

Não deixa de ser uma verdade, mas é uma questão de gosto, estilo. E gosto e estilo não se discute =D

Para ler mais sobre os novos recursos disponíveis na 6ª geração de iPods, clique aqui ou acesse o site da Apple.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Google, até quando?

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A supremacia da Google poderá ser quebrada? Para muitos é até uma resposta bastante simples: "Lógico que sim. Toda marca tem lá seus pontos fortes e fracos". Isto é uma verdade, é claro, mas também vale lembrar que a Google, que conhecemos no início deste século, já é bem diferente da atual gigantesca corporação que a marca está atrelada.

A Google não para de comprar serviços Web promissores. Compra sites de conteúdo gerado por usuário, compra empresas de marketing digital e por aí vai. E parece que as aquisições não têm mais fim. Isso sem mencionar os serviços desenvolvidos pela própria empresa, como o ótimo e polêmico Google Maps, que desde já enfrenta questões éticas.

Imagine esta manchete delirante na capa de um jornal portal: "Google implanta sistema de câmeras que transmitirão, via satélite e ao vivo, as ruas e cidades dos grandes centros urbanos para todo o Planeta". Seria algo, sem dúvida, impraticável, não do ponto de vista técnico, mas no que diz respeito a questões éticas, políticas, de privacidade e tantas outras questões que é melhor nem citar aqui. Não do ponto de vista técnico. 1984?

O Google Maps está se sofisticando cada vez mais. Processos alegando invasão de privacidade continuam tramitando. Será que vai parar? A Web está se tornando BETA. A grande maioria dos serviços estréia em versão BETA (vide Orkut e outros tantos), e continuam assim, pois estão sempre evoluindo. É muito difícil lançar um serviço e continuar com as mesmas funcionalidades por mais de 1 ano, por exemplo.

E a nova vedete da Web? Em todos os cantos se fala da Wikia Search, o suposto Google Killer. O serviço, criado pelo fundador da Wikipedia, deve dar as caras em dezembro. O motor de busca da Wikia Search irá trabalhar de forma diferente do Google. As pesquisas serão baseadas em opiniões de usuários sobre determinados sites.

Os sites mais bem avaliados terão seus links exibidos no início da página de resultados. Todos sabemos das limitações que um computador possui em avaliar conteúdo. O cérebro humano continua sendo muito mais eficaz nessa tarefa. Correndo na mesma raia, há o Powerset. Para saber mais a respeito dele, leia o post do Tiago Dória sobre o assunto.

Sinceramente? Custo a acreditar em Sistemas que nascem com a promessa de matar outro. Geralmente não passa de hype. Alguém ainda usa o Joost? Li esta pergunta há uns 2 meses atrás em um blog e venho a repeti-la por aqui: Qual foi a última vez que você fez uso do Joost? Quer saber minha resposta? Eu não faço meu login por lá há meses... Ontem recebi um e-mail anunciando novos canais. Mas ainda não me interessei em conferi-los.

Hype. Todos os serviços Web nascem assim. Não sou contra o hype. Mas acho que antes de sairmos anunciando aos 4 ventos que o Joost irá acabar com a Tv a Cabo, por exemplo, devemos analisar melhor o Sistema em questão. Eu mesmo, fui um dos que ficou maravilhado de início. Saí anunciando sobre as maravilhas do Sistema. De qualquer forma, ainda acho o Joost sensacional. Mas ele ainda precisa amadurecer muito.

Alguns hypes são mesmo hype. Outros, quando a poeira baixa, continuam lá. É o caso recente do FaceBook. E você? Acha que a Google continuará fazendo o barulho que faz até quando? Será uma companhia estilo Apple e Microsoft, que existirá por décadas a fio?

segunda-feira, setembro 03, 2007

Mais informação em menos tempo!

Revista da Semana! Gostei desse nome. Ele tem potencial. Acontece em bancas pequenas, quando o cliente já conhece o "jornaleiro": "Ei amigo, chegou a revista da semana?"

A tal revista da semana, neste caso, nada mais é do que a Época, Isto É, Carta Capital, VEJA ou qualquer outra publicação semanal. São as famosas Revistas da Semana.

Aproveitando o gancho, como você já deve ter percebido nas bancas, a Editora Abril colocou no mercado uma revista semanal bastante acessível por módicos R$ 4,90. O anúncio na TV, em horário nobre, foi muito bem executado, passando a mensagem de forma simples, objetiva e bem humorada.

Confesso que não li a publicação por completo. Ao tomar conhecimento do lançamento, fui até a banca mais próxima para apenas folheá-la. Imaginei que fosse algo no estilo NewsWeek, com menos matérias que uma VEJA da vida, por exemplo. Ao folhear a publicação, me surpreendi com o tamanho dos textos: extremamente curtos e objetivos.


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Revista da Semana: Mais informação em menos tempo!

Em um página, por exemplo, há 3, 4 tipos de matérias diferentes. É tudo muito objetivo, muito resumido. Não pude avaliar se as "notas" são ou não bem escritas, mas acredito que sejam, afinal, passar bom conteúdo em espaço limitadíssimo, sem comprometer a mensagem, é tarefa para jornalistas competentes.

Gostei do slogan que anda circulando nos banners de sites de notícias: "Mais informação em menos tempo!". Não acho que a publicação venha a ser uma concorrente para a revista VEJA, da mesma editora, uma vez que a Revista da Semana vem a focar num público que se condena por não ter tempo de ler! É possível que a estratégia de atingir esse público tenha resultado.

A revista até tenta correr atrás da Internet. Tenta passar o maior número de informações possíveis, em pouco tempo. Tudo isso já é reflexo das mudanças dos padrões editoriais em todo o mundo. Ao contrário da VEJA, a Revista da Semana pode ser lida no próprio site, na íntegra. Parece que as editoras estão percebendo que não adianta mais lutar contra a Web. É uma batalha perdida. O que fazer? Brigar de igual para igual.

Por algum tempo ainda, haverá espaço para as duas mídias. Hoje, por exemplo, passei pelo site do Blue Bus e li a seguinte manchete: "Portugal ganhará o seu 6º diário gratuito até o final do ano". Mais adiante: "Acordo do Google por notícias, pode afetar os sites dos jornais e de TV's". Como assim? É que o Google, ao invés de apenas fornecer links para outros sites de notícia, agora publica em sua página notícias de diversas agências, como a France Presse e a Canadian Press.

Os tempos mudam. Mas será que iremos nos acostumar a ter cada vez mais informações em mesmo tempo? E a profundidade das coisas? Tudo tenderá a ser mais superficial? Eu acho que sim, pelo menos para a maioria. O Twitter é mestre na afirmação dessa tese. Felizmente, sempre haverá aqueles que irão buscar mais profundidade.

Credito boa parte dessa parcela aos blogueiros que, a medida que o tempo passa, evoluem cada vez mais, emitindo opiniões, contestando outras e gerando conteúdo de verdade, ao invés de simplesmente replicar notas de portais de notícias. Estadão, não somos MACACOS, definitivamente!