segunda-feira, dezembro 24, 2007

1 ano de Geração Internet!

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Hoje o post é comemorativo e longo. O Geração Internet, que iniciou suas atividades no dia 25 de Dezembro de 2006, com o nome iGeração, completa 1 ano no ar! Aproveitando a ocasião, farei uma síntese das minhas atividades como blogueiro e como cheguei até o então Geração Internet. Olhando para trás, me parece que faz muito mais tempo. Comecei a blogar em 1999. Na ocasião, escrevia no blog Mr. Hilton [sem nenhuma relação com a Paris Hilton, por favor!].


Eu era apenas mais um daqueles curiosos em entender o que significavam blogs, na época conhecidos como Weblogs. Naquela época, todos utilizavam o serviço para relatar acontecimentos do dia-a-dia. Era a fase dos Diários Virtuais, que seguiu firme até meados de 2004, aproximadamente. Tendo assimilado o conceito, passei a escrever sobre situações saia justa e a filosofar sobre o porquê de certas coisas que me aconteciam.

O Mr. Hilton, cujo domínio já pertence a outra pessoa, era algo inspirado em Seinfeld. Pena que não passava de inspiração. Algo como "Por que quando você se despede de alguém no ônibus e desce a escada, acena novamente para a pessoa quando o ônibus arranca?".

Ou ainda "Por que, quando cruzamos com uma pessoa no corredor do escritório por mais de uma vez, sempre repetimos o nome da pessoa ou fazemos algum sinal com as sobrancelhas?" [Ok, essa eu robei do J. Seinfeld]. Eram posts assim, completamente non-sense, que eu escrevia quando o fluxo de trabalho no CPD do Conselho Regional de Medicina aliviava.


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Vai um bolo geek aí?

Findo o Mr. Hilton, passei um longo período sem blogar e a ler blogs. No final de 2004, voltei a acompanhá-los de perto e então percebi que o cenário havia mudado bastante, desde a época em que deixei de escrever, em meados de 2000.

Passei praticamente o ano de 2005 observando o movimento como telespectador. No final do ano, mais precisamente no mês de Dezembro, retomo minhas atividades como blogger com o lançamento do Entra Nessa, cuja proposta era falar sobre Marketing, Tecnologia e Entretenimento, ainda que de uma forma bastante informal.


No dia 12 de Julho de 2006, o Entra Nessa muda de nome e passa a chamar-se MARKETEC, assumindo no nome, a proposta do blog, que continuava a tratar de Marketing e Tecnologia e Propaganda. Nessa fase, iniciei um namoro firme com a publicidade e a propaganda, namoro este que deixou sequelas até hoje.

O Marketec "morre" no dia 14 de Janeiro de 2007. Na ocasião, percebi que não seria produtivo escrever em 2 blogs, uma vez que o iGeração [atual Geração Internet], entrou no ar no dia 25 de Dezembro de 2006.


A partir daí, assumo de vez o iGeração como meu blog principal. A proposta do iGeração era falar da Geração Y, a Geração da Internet. Comecei falando de música, games & afins. No entanto, a medida que me aprofundava no assunto Web, mais sentia vontade de conhecer e pesquisar sobre essa "nova alternativa de negócios".

Logo, o iGeração trocaria de nome para Geração Internet, incluindo a aquisição de um domínio .com. Nesse momento, o blog passa a dar mais ênfase ao "mercado internet" e à "economia 2.0", analisando de uma forma mais profunda, os serviços disponibilizados na rede com o advento da Web 2.0.


Em todo esse tempo, principalmente em 2007, aprendi que escrever um post não é uma tarefa fácil. Mais importante, aprendi que audiência se conquista aos poucos, sem pressa, com conteúdo de qualidade e posts frequentes.

Durante o ano de 2007, conheci vários blogueiros e tenho me relacionado com várias pessoas do meio. O balanço é mais do que positivo! Tenho aprendido muito escrevendo e lendo outras fontes e blogs. Espero aprender muito mais neste ano que está chegando.

Como diria um ex-chefe meu: "Se você já aprendeu tudo, melhor morrer. E só deixamos de aprender quando morremos". A frase é um tanto batida, mas não deixa de ser uma grande verdade que muitos, infelizmente, esquecem ou ignoram.


Para o ano de 2008, o Geração Internet têm novos planos, como a adição do Geraldo Protta como colaborador e a implementação de um novo layout, mais dinâmico e interativo. Algumas surpresas extras estão sendo preparadas para o ano que se aproxima. Stay Tuned!

À todos os meus leitores e à blogosfera em geral, Boas Festas! Que todos tenham um 2008 repleto de realizações, novos projetos, novas inspirações, muita Internet, muita evolução, muita discussão e aprendizado.

NOS FALAMOS EM 2008, AQUI MESMO!

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Cultura Livre

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Boas leituras na Web
. Estou sempre atrás do artigo que vai me fazer questionar certezas que tenho. Sempre atrás de algo que vai me inspirar a ter uma grande idéia.

Enfim, busco sempre o que há de melhor e o que há de novo por 3 motivos: AMO Internet e a Economia Digital, AMO encontrar coisas interessantes pela rede e dar a minha opinião neste blog e, finalmente, AMO aprender sobre este mercado em mutação DIÁRIA!

Mesmo "garimpando" bastante pela rede, é humanamente impossível encontrar todas as pérolas. Por sorte, há vários "garimpeiros" fazendo o mesmo trabalho que eu e compartilhando suas opiniões, seja através da Blogosfera, do Twitter...

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Há pouco mais de 1 semana, encontrei algo bastante interessante. Trata-se do ebook CULTURE FREE. Este livro, lançado diretamente na Web sob licença Creative Commons, já existe desde 2004. No entanto, a versão traduzida para o Português, começou a circular faz pouco tempo, creio eu.

O título da versão em português é Cultura Livre: Como a mídia usa a tecnologia e a lei para barrar a criação cultural e controlar a criatividade, do autor Lawrence Lessig [veja website aqui], um dos fundadores do Creative Commons e defensor da Internet Livre.

Ainda não li o livro, mas ele é considerado uma referência entre vários blogueiros e jornalistas de todo o mundo. Em tempos onde a mídia tradicional tenta, de todas as formas, manter o mesmo poder que exercia antes do surgimento da Internet, uma leitura desse porte é bastante conveniente.

Para fazer o download do livro em português [formato PDF], clique aqui.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

As Redes Sociais em 2011

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No último dia 14, o eMarketer divulgou o relatório
The Promise of Social Network Advertising [A Promessa da Publicidade em Redes Sociais]. O relatório divulga os resultados de 2006 e 2007, além e traz projeções até o ano de 2011, com relação ao aumento do número de usuários adultos e jovens em Redes Sociais nos EUA.


O relatório também demonstra os gastos, cada vez maiores, com publicidade em Redes Sociais em todo o mundo. Em todos os casos, é apontado um aumento tanto de jovens quanto de adultos, até o ano de 2011. Entretanto, o dado que mais salta aos olhos, é o aumento dos gastos com publicidade. Comparando-se apenas o ano de 2006 com 2007, houve um aumento de nada menos que 155%!

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O Uso de Redes Sociais por Adultos Americanos entre 2006-2011 [em milhões e % de usuários adultos de Internet] - Fonte: eMarketer

A população de adultos que hoje faz uso de Redes Sociais, gira em torno de 37%. Até 2011, esse número subirá 49%. Nada mal. Debra Aho Williamson, Analista Senior do eMarketer e autora do relatório, prevê que no ano de 2011, a metade dos adultos com acesso à Internet e 84% de todos os jovens online, farão uso de Rede Sociais todo o mês. Segundo Debra, os dados falam por si. As Redes Sociais deverão continuar cada vez mais presentes na vida dos Internautas.

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O Uso de Redes Sociais por Jovens Americanos entre 2006-2011 [em milhões e % de usuários jovens de Internet] - Fonte: eMarketer

Com relação aos gastos com publicidade para 2008, há uma previsão de um aumento de 82% com relação ao ano de 2007. Ainda segundo o relatório de Debra, o MySpace e o Facebook juntos, recebem mais de 70% de todos os gastos com publicidade nos EUA. Ela também afirma que esse crescimento é garantido, a não ser que os jovens deixem de fazer uso de Redes Sociais ao crescerem, o que ela considera improvável. Atualmente, 70% de todos os jovens dos EUA fazem uso desses sites.

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Gasto Mundial com Publicidade em Redes Sociais entre 2006-2011 [milhões e % de aumento]
- Fonte: eMarketer

Não há dúvida quanto ao crescimento desenfreado das Redes Sociais, tanto no Brasil como no mundo afora. Elas são um sucesso absoluto nos quatro cantos do mundo. É natural que, com o crescimento cada vez maior dessas redes, haja aumento de propagandas, usuários fake, vírus - como o que atuou no Orkut no último dia 19 - e muito, mas muito spam.

Pessoalmente, creio que haverá, aos poucos, o surgimento de Redes Sociais cada vez mais especializadas em serviços específicos. Acredito que elas se dividirão em partes menores, onde a tendência é de um "convívio" mais ordenado. Aí está uma ótima oportunidade para Empreendedores Digitais. Mãos à Obra!

quarta-feira, dezembro 19, 2007

O Fim dos Estúdios de Hollywood?

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Ok, o título do post é um tanto apocalíptico. Mas não consegui encontrar outro para descrever de forma tão direta o assunto que irei dar continuidade. Dando seqüência ao post anterior e, respondendo a pergunta lançada no título do mesmo, penso que Hollywood talvez não tenha aprendido a lição deixada pelo Napster.

Nem bem comentei sobre a probabilidade de os roteiristas encontrarem um meio para se desvincular dos estúdios - já que a greve ainda não foi encerrada e ambas as partes continuam insatisfeitas - já começam a surgir novidades acerca do assunto.

O José Murilo, do EcoDigital, me passou um link de uma matéria publicada pelo Los Angeles Times, por coincidência, no mesmo dia do meu post, que trata das "novas investidas" de roteiristas de cinema. Parece que, enquanto a greve segue, vários deles estão se reunindo com investidores afim de viabilizar projetos na Internet.

O objetivo? Atingir diretamente o consumidor final, sem o intermédio dos grandes estúdios!
Soa grandioso certo? Até pode ser, mas não passa de um movimento natural, que já vem ocorrendo em vários setores da indústria do entretenimento, devido às facilidades proporcionadas pela nova Web.

Dentre os investidores que estão apostando nas idéias de alguns roteiristas, estão a Accel e a Dagres' Spark Venture Capital. Essas empresas vêm conversando com os roteiristas deste o início da greve, que teve início há 7 semanas atrás.

Na realidade já havia movimentação em torno de iniciativas desse tipo, mas a greve só vem acelerando as coisas. Segundo a matéria do LA Times, alguns roteiristas revelaram que, se a greve tivesse durado cerca de 1 semana, teriam voltado ao trabalho normalmente. Como a greve continua, alguns continuam aproveitando o "tempo livre" para aperfeiçoar esses projetos.

Algumas possibilidades que poderiam surgir:

1. Os roteiristas poderiam investir em uma ferramenta semelhante ao Youtube. Associados a produtoras independentes, lançariam seus filmes e os venderiam através do portal. Para os consumidores, seria como pagar para assistir à um filme no cinema. Conseguindo se desvincular dos estúdios, poderiam permitir, além o domínio total das obras por tempo indeterminado, outras iniciativas que hoje não são possíveis graças ao domínio dos Estúdios.

2. Criação de um portal onde os usuários poderiam sugerir finais diferentes para um filme. Os melhores "finais alternativos", escolhidos pelos próprios usuários, seriam filmados, gerando alguma renda para quem os criou.

Alguns pontos que favorecem a criação de tais modelos:

1. Haveria a possibilidade de realizar filmes para nichos com maior freqüência, uma vez que seria muito mais fácil atingir os mais variados nichos através da Web, tornando a produção desses conteúdos rentável graças a onipresença da Cauda Longa na Web. A indústria independente, finalmente brigaria lado a lado com os novos blockbusters, pelo menos no que se refere a distribuição.

2. Dentre os usuários de banda larga, a proporção dos que assistem à vídeos pelo menos 1 vez por semana, aumentou de 45% [percentagem obtida há 1 ano atrás] para 61%, segundo estudos da firma de pesquisa de marketing Horowitz Associates Inc., cujo relatório foi publicado esse mês.

E o capitalismo segue "em reforma"...

Ps.: A revista Rolling Stone desse mês, traz uma matéria sobre o desempenho, cada vez mais fraco, das bilheterias de cinema em todo o mundo.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

O Napster ensinou. Hollywood aprendeu?

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Ontem, no Manhattan Connection, programa exibido a partir das 23h aos Domingos, no canal pago GNT, os participantes da mesa discutiram brevemente sobre a relação da Internet com o impacto da greve de roteiristas na indústria cinematográfica. Escrevi um post sobre o assunto no mês passado, onde publiquei na íntegra, um artigo escrito pelo roteirista-chefe da série LOST, publicado no jornal New York Times.

Ricardo Amorim, um dos gênios componentes da mesa do programa, juntamente com Caio Blinder, levantou, a certa altura, uma observação bastante interessante. Resumindo, ele disse que toda vez que há uma greve no setor, é natural que novas tecnologias e meios alternativos de transmissão sejam beneficiados.

A última greve de roteiristas de Hollywood ocorreu em 1988, e durou longos 5 meses. Na ocasião, o movimento impulsionou o advento da TV a Cabo. Já a greve atual, está contribuindo para impulsionar os estúdios a levarem em consideração, de uma vez por todas, a Internet como meio de transmissão de suas produções.

Entretanto, os estúdios insistem em afirmar que não obtém grandes dividendos com a comercialização de publicidade em séries e filmes através de seus websites e do iTunes. Obviamente, isso é uma falácia e os roteiristas já perceberam. Tanto que agora estão reivindicando o seu quinhão do que é comercializado na Web.

Essa greve, além da reivindicação dos roteiristas, acaba por jogar lenha na discussão sobre os direitos autorais na Web, já que os roteiristas começam a enxergar reais possibilidades de ganhos em geração de conteúdo para a rede. Enquanto isso, a TV aberta americana irá sofrer por falta de conteúdo já no início do próximo ano.

Como por consequência, o faturamento com venda de publicidade também deverá despencar. Com a falta de séries inéditas na TV, a saída será exibir reprises de séries, o que fatalmente acarretará em perda de audiência generalizada.

A não regularização da situação até o momento, já causa, além dos prejuízos na TV aberta, um impacto bastante profundo nas produções que estavam programadas para estrear em 2009, 2010. Sendo assim, é muito provável que o ano de 2009 seja o pior ano para o cinema americano.

Não é uma situação fácil de se resolver. Se os estúdios ainda não resolveram incluir os roteiristas nos ganhos obtidos através da Internet, é porque deve haver muita grana em jogo mesmo. No entanto, roteiristas, se quiserem, poderão "se virar" fazendo uso da Internet, produzindo conteúdo diretamente para a rede, sem o intermédio dos estúdios tradicionais.

Já os estúdios não tem saída. Ou assumem que o "novo modelo é viável" e deixam de ganhar na "surdina" e passam a compartilhar os ganhos com toda a cadeia produtiva, ou acabam sendo vítima do mesmo mal que afetou a indústria da música, quando as gravadoras não reconheceram, no dia 1º de Junho de 1999, a oportunidade que havia no surgimento do Napster. Seguindo a lição deixada pelo Napster, Hollywood poderá faturar alto, juntamente com toda a cadeia produtiva, num palco chamado Internet. Mas será que a lição foi assimilada?

Dar as costas para a evolução e aos novos padrões que a Web está impondo e, tentar a todo custo, fazer pressão para postergar o abandono do "velho", quando este não tem mais fôlego perante aos "novos paradigmas" já se mostrou uma atitude BURRA. As gravadoras conhecem essa história muito bem.

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Os Japoneses são mesmo Todos Iguais?

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Japoneses são mesmo imprevisíveis. O Globo Online anunciou hoje que, das 10 obras de ficção mais vendidas no Japão, 5 delas começaram como "romances de celular". Sim, essas obras são lidas através de telefones celulares por lá! E mais: aquelas que fazem mais sucesso, são lançadas em livro e, posteriormente, em cinema! Para ler a notícia completa, clique aqui.


Essa questão da participação de "pessoas comuns" e não escritores tradicionais, só vem a reforçar o novo paradigma atuante na pirâmide tradicional que vigorava até o fim do século passado, onde somente os "produtores profissionais" produziam conteúdo para as massas.

Com a entrada das "pessoas comuns" na produção de conteúdo para "pessoas comuns", começamos a ver coisas até então inimagináveis, como a publicação de livros por "não-escritores" que se tornam sucesso sem nem mesmo passar pelo crivo de editoras!

Ler contos através de celular me parece uma idéia nada agradável. Coisa de japonês! Vá lá entender. Em contrapartida, para compensar as limitações da publicação de histórias nas telinhas, a maioria dos contos possui tamanho reduzido e com bastante diálogo, o que favorece um texto mais dinâmico. Além do mais, as telinhas dos celulares estão com a definição cada vez maior, o que acaba favorecendo a leitura.

Não é novidade alguma o fato de já haver críticas por parte dos escritores tradicionais. Segundo eles, as obras tem pouca profundidade. Não é a mesma coisa que se fala da Internet, onde a crítica maior é o fato de as pessoas saberem um pouco de tudo, mas sem profundidade? Esses novos tempos...

Mas será que isso daria certo aqui no Brasil? Não creio. Brasileiro gosta de assistir a vídeos, fotos e, no máximo, ler SMS de amigos. Brasileiro quer interagir, fazer parte de comunidades. Além do mais, os japoneses já estão a anos-luz de distância de nós brazucas, principalmente quando o assunto é telefonia celular.

Enquanto ficamos abismados pelo mais novo aparelho celular lançado por aqui, no Japão eles já fazem parte de queimas de estoque. Sem contar que essas histórias que fazem sucesso são, muitas vezes, inspiradas em mangás [histórias em quadrinhos japonesas]. Eu, por exemplo, AINDA prefiro ler histórias "em papel". Meu primo de 12 anos não. E é muito provável que meus filhos também não farão questão do papel. O meio ambiente agradece.

Será que esses japoneses são mesmo todos iguais? Só entre eles mesmo. De resto, eles são é muito diferentes! Será mesmo? Ou eles só antecipam as tendências?

quinta-feira, dezembro 13, 2007

O Twitter irá "incomodar" as Empresas?

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Hoje, via Twitter, o Rafael Ziggy, dono do blog Sim Viral, lançou uma pergunta que me fez pensar sobre o futuro dessa ferramenta: "Será que irá demorar para que o Twitter seja bloqueado dentro das empresas?"

Que o Twitter é uma ferramenta para lá de interessante para quem sabe usar e compartilhar conteúdo, não há dúvida. Atualmente, a maior parcela de usuários da ferramenta é de profissionais da área de Tecnologia/Web e Publicidade.

Os primeiros, por já ser naturalmente curiosos por novas ferramentas, e o pessoal da Publicidade, por ver no Twitter, uma grande alternativa para "fazer barulho". Ele já é apontado como uma alternativa de divulgação para empresas que estão lançando produtos/serviços.

Os usuários definem o que é o Twitter
O que eu acho mais interessante no Twitter é o fato de a própria ferramenta ter tomado um rumo diferente daquele propósito para que foi criada. O fato de os usuários não a utilizarem para responder a pergunta básica (O que você está fazendo agora?) talvez tenha sido o maior responsável de "selecionar" usuários. Quem entrou lá para falar que estava com fome, que ia tomar banho, que ia na casa da avó ou que hoje estava triste, não se deu muito bem. Ainda bem!

Retornando à pergunta lançada no início deste post, não acredito que as empresas terão que se preocupar com o Twitter. Pelo menos por um bom tempo. Não creio que a ferramenta irá se tornar tão popular a ponto de incomodar empresas da mesma forma que Orkut e MSN o fazem.

Vejo o Twitter como algo bem específico. Enquanto que o Orkut e o MSN são voltados para usuários casuais em geral, o Twitter é voltado, por enquanto, à pessoas com interesses mais amplos na Web que apenas ler e-mails e conversar em Chats. É mais voltado aqueles que tem interesse em compartilhar conteúdo relevante. Além disso, é uma ótima janela para demonstrar interesses e personalidade. Certamente, contribui para o aumento da sua rede de contatos. Basta saber usá-lo.

Ainda, a grande maioria das pessoas não sabe do que ele se trata. Estou seguindo [recebendo informações] apenas 50 pessoas. Mais do que isso geraria um fluxo indesejável de informações para mim, sem que eu pudesse aproveitar todo o conteúdo disponibilizado pelas pessoas que fazem parte da minha lista.

Você ainda não conhece o Twitter? Experimente visitar o meu perfil para ter uma idéia do que se trata. Se você ja é leitor do meu blog, creio que faça parte dessa ferramenta. Caso você tenha caído nessa página através do Google, é possível que ainda não o conheça. Se você se enquadra no perfil de usuário que citei mais acima, não perca essa oportunidade!

quarta-feira, dezembro 12, 2007

O Videogame como Eletrodoméstico

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A Web, além de revolucionar os meios de comunicação, de criar novas modalidades de negócios, vem criando novas possibilidades também no mundo do entretenimento.

Expansão de Operações
A Microsoft divulgou ontem que a Xbox Live Video Marketplace, também conhecida como Video Store - rede para compra e aluguel de filmes e séries do Xbox 360 - que operava exclusivamente nos EUA, agora expande suas operações para o Canadá, Reino Unido, França, Alemanha e Irlanda.

Só para se ter uma idéia da dimensão da Video Store, são parceiros de conteúdo, estúdios como a Paramount Pictures, CBS, TBS, MTV Networks, UFC, NBC, Warner Bros, Liosgate Films e Walt Disney Pictures.

Aos usuários da rede do Xbox 360, é dada a opção de locar o conteúdo ou comprá-lo. Os seriados de TV, ao serem comprados, ficam armazenados permanentemente no HD do console. Já os filmes, além de locá-los, é possível comprá-los. Ao locar um filme, o conteúdo se auto-destrói após 24 horas da primeira visualização ou 14 dias após a compra (?!?).

E agora? Isso está certo?
É aí que, ao meu ver, se encontra o maior problema da Video Store: Ao comprar um filme, o usuário tem a "posse" do mesmo somente por 14 dias! A fonte desta notícia vem de um site especializado em games, o Finalboss. No entanto, isso não faz sentido. Com relação à locação tudo bem. Você loca o filme e, após 1 dia, o conteúdo se auto-destrói, nada mais justo.

Mas, e ao comprar o filme? Acredito que nem haja essa possibilidade. Deve ter havido um equívoco na tradução do Finalboss. Caso a operação de compra seja realizada mesmo desta forma, acho um tremendo desperdício.

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Se a coisa funciona mesmo dessa forma, deve ter havido problemas na negociação com os estúdios que fornecem conteúdo, afinal de contas, caso a Video Store permitisse que compradores armazenassem os filmes permanentemente em seus Xbox, os estúdios estariam, de certa forma, dando um tiro nos próprios pés, já que o mercado de DVDs ainda segue com certo fôlego.

DVDs X Conteúdo Digital
Mas aí vem aquela questão: até quando? O conteúdo digital já impacta, de certa forma, na receita obtida com a venda de DVDs. Não seria interessante apostar pesado nesse novo mercado, sabendo que já nem é mais uma tendência e sim uma realidade?

Até pouquíssimo tempo atrás, a Internet nos dava a possibilidade de jogar online. Achávamos que, até então, as possibilidades seriam restritas à jogatina. O que vemos agora é uma verdadeira indústria oferecendo conteúdo para consoles.

O Videogame como Eletrodoméstico
Os fabricantes de consoles já perceberam o potencial desse "mercado paralelo". O shopping virtual não está restrito à games. Quando o Playstation 2 foi lançado, todos ficaram boquiabertos com a possibilidade de assistir à filmes no próprio console. Era apenas o início. Naquele momento, o console saia do quarto para freqüentar salas de estar. O videogame já é um eletrodoméstico.

Sendo assim, ele já concorre com a TV. Na realidade sempre concorreu, mas não representava uma ameaça considerável, uma vez que disponibilizava apenas games. Agora além deles, podemos ir além da própria TV. Enquanto isso, aqui no Brasil seguimos sem o iTunes, sem a Video Store da Microsoft... . Os piratas de plantão agradecem!

terça-feira, dezembro 11, 2007

Minhas Férias no Caribe!

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Parece título de redação de primário. Mas não é.

Bem, para começo de história, as coisas já se normalizaram por aqui. Minhas "férias no Caribe" terminaram antes do previsto. Como o Caribe é um destino desejado por muitos durante as férias, até imaginei que seria mais fácil encontrar uma LAN HOUSE por lá. Mas peraí, procurar uma lan house logo no Caribe? Esse cara tá maluco? É, deve estar, a começar por essa história muquirana de "férias no Caribe". Mas vamos lá...

Passei alguns dias offline. Creio que uns 4 dias. Quem acessa a Web todos os dias e costuma acompanhar notícias através de RSS, sabe que ficar mais de 2 dias sem checar um agregador de notícias é quase como deixar de conferir a caixa de e-mails pelo mesmo período. No caso dos RSS, parece que tudo acontece exatamente durante o período que você ficou desconectado.

Ao ficar offline, qualquer louco por Web começa a imaginar: "Qual foi a bomba da semana? O que a Google deve ter aprontado? O que o Techrunch falou que acabou deixando todos de olho em uma nova Startup? Afinal, será que o Facebook apresentou alguma outra ferramenta revolucionária?"

Delírios à parte, é assim que costumamos agir quando ficamos desconectados. Com o "fim" das conexões dial up, onde era necessário aguardar até a meia-noite para ter acesso à Web [ou você era daqueles que procurava os famosos "números à cobrar" para burlar o esquema?], nem nos damos conta de que estamos online quando ligamos nossas máquinas.

Ainda me lembro quando uns poucos felizardos alardeavam: "Quando ligo meu PC ele já está na Internet. Nem preciso digitar login nem nada". "Naquela época" parecia um sonho, algo muito distante da realidade da maioria. É por isso que, quando ficamos sem acesso à Web, temos a impressão de estar "por fora", completamente desnorteados. Afinal, para que ligar o PC se ele não tem conexão com a Internet?

By The Way, acabei inventando essa história de férias no Caribe para "encobrir" um problema que aconteceu com meu modem, ao fazer algumas mudanças aqui em casa. É, meu "scavuska" me deixou na mão por esses dias. Agora, com tudo em ordem, olho para o Netvibes e tenho preguiça de ler todos aqueles RSS acumulados durante "tanto tempo".

Será que tanta coisa acontece mesmo ou esse fluxo imenso de informações não passa de muitas notícias irrelevantes agregadas que, servem apenas para fazer você perder o seu tempo?

Bem, é tudo uma questão de seleção e relevância. Foi por isso que falei que fui passar minhas férias no Caribe. É mais interessante do que falar que meu modem estava com problema. É partindo desse princípio que selecionamos o que lemos...

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Cadê os POSTS?

Olá Pessoal. Peço desculpas pela falta de posts no blog. Até o final desta semana, tudo se normalizará...

No momento, estou de férias no Caribe :]

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Wii: Até os cachorros se divertem?

Aproveitando o assunto Videogames, tratado no post anterior, assisti a um vídeo para lá de inusitado, postado no Ovelha Elétrica, envolvendo um moleque jogando Wii e seu cachorro que, de certa forma, também parece querer "interagir".

Assista logo abaixo:



terça-feira, dezembro 04, 2007

A atual geracao de videogames e' CHATA!

Em geral, todo aficcionado por tecnologia tem la' sua queda por videogames, principalmente agora, quando se tornou impossivel ignorar o impacto que causou o lancamento do Nintendo Wii.

Minha paixao por essa industria nao e' de agora. Se voce, alguma vez leu meu perfil ali na coluna da direita, ja deve saber. No entanto, tenho achado a atual geracao de videogames [Xbox 360, Wii e Playstation 3] a mais sem graca de todas. A impressao que tenho e' de que apos a perda de lideranca da Sony, a competicao parece ter ficado mais morna.

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A Nintendo segue firme com seu Wii. Mesmo nao possuindo uma tecnologia robusta - principalmente quando comparada a seus concorrentes - a impressao que se tem e' de que o Nintendo Wii sera o grande vencedor desta geracao. Nada contra ele. So acho que quando nao ha' uma grande competicao, quem sai perdendo e' sempre o consumidor.

Nunca joguei uma partida no Nintendo Wii. Conheco pessoas que, ao fazer uso do console, ficaram maravilhadas e resolveram trocar seu Xbox 360 por um Wii. Isso esta mesmo acontecendo. Tenho um amigo no Japao que fala que o Xbox 360 sobra nas prateleiras por la. Nem o 360 e muito menos o Playstation 3 parece ter alguma intencao em virar esse jogo.

Enquanto isso, a Nintendo e o seu Wii seguem dando gargalhadas. Na geracao passada, quando a Sony liderava o mercado, era clara a "briga" que existia entre Microsoft, Nintendo e Sony. Os 3 consoles [Playstation 2, Xbox e Gamecube], de certa forma, possuiam uma tecnologia muito semelhante.

A briga acontecia nos bastidores, no momento de fechar contratos de exclusividade com produtores terceirizadas [Resident Evil 4, Metal Gear Solid, e outros tantos...].Nao que hoje nao haja disputa. A briga continua, apesar de gelida, entre Xbox 360 e Playstation 3.

Enquanto essa geracao chata e sem graca nao termina, as pessoas seguem dando raquetadas, espadadas e socos com seus "Wii motes", enquanto Xbox 360 e Playstation 3, seguem se acotovelando para chegar a um distante segundo lugar.

sexta-feira, novembro 30, 2007

Facebook recebe mais Investimentos

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E o Facebook continua na corrida para ser a maior Rede Social do mundo. O blog de tecnologia Techcrunch anunciou hoje que o Facebook recebeu mais US$60 milhoes de dolares de um bilionario investidor de Hong Kong, chamado Li Ka-shing.


No mes passado, a empresa ja havia recebido, atraves de um acordo publicitario com a Microsoft, a quantia de US$240 milhoes de dolares. Esses investimentos fazem do Facebook, a maior empresa baseada em Internet.

Tanto dinheiro investido na empresa certamente faz com que ela seja vista como uma empresa com valor estimado na casa dos US$ 15 bilhoes de dolares. Muitos acham que o valor atribuido ao Facebook indica o comeco de uma nova Bolha.

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Contudo, nao acredito nessa hipotese. Da mesma forma que o Diego Monteiro, diretor executivo da Via6, disse em um artigo publicado no site da Epoca Negocios, que pode ser lido na integra aqui, os investimentos sao realizados tendo em vista o valor futuro:


"[...] Não quer dizer que as empresas compram esses sites por status, mas sim porque percebem valor nele. Que é o valor futuro dele. Por exemplo, é uma tendência clara que no futuro as pessoas vão ver bem menos TV e bem mais vídeo na web. Por isso, o YouTube tem esse valor enorme, porque grande parte das receitas hoje das gigantes de mídia tende a ir de alguma maneira para os exibidores de vídeo na web. Isso é valor futuro. Não é faturamento, não é lucro. É valor futuro".

Ainda iremos ouvir falar muito do Facebook. A guerra entre as redes sociais esta apenas iniciando. O lancamento do OpenSocial pela Google so veio a colocar mais lenha na fogueira. De qualquer forma, vale a pena conferir alguns dados de audiencia de sites de Redes Sociais e outros servicos.

Nota-se, na tabela abaixo, que o Facebook cresceu mais em termos de audiencia do que seu concorrente mais expressivo, o MySpace, no mesmo periodo. Isso e ate esperado, tendo em vista que o MySpace comeca a atingir maturidade, com uma base de usuarios ja bastante extensa e, portanto, sem grandes espacos para aumento dessa base.

O ranking de audiencia compara acessos relizados em Outubro de 2006 com Outubro deste ano. Um fato que me chamou atencao foi a ausencia do Orkut no ranking.


Confira os numeros na tabela abaixo:

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Fonte: Techcrunch

quinta-feira, novembro 29, 2007

iTunes: Até quando ele irá Sobreviver?

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Foto via Wired

E a batalha na indústria fonográfica continua. O último capítulo envolve Doug Morris, CEO da Universal Music, que tem planos para destronar o iTunes de sua egemonia no mercado de música digital. Doug, que já chamou os usuários de iPod de "ladrões", agora resolveu entrar no jogo e pretende montar uma loja no estilo iTunes, a Total Music, que pretende trabalhar com a assinatura ou aluguel de músicas (???? assinatura????? isso é tão "ontem"). Clique aqui para ler o artigo completo na Wired.


Com relação a todas essas brigas entre gravadoras e tecnologia que estamos assistindo cada vez com mais frequencia, continuo bastante cético com relação ao futuro dessa "indústria". Acredito que o modelo iTunes, que até agora vem se mostrando vitorioso, não terá fôlego para se expandir pelo mundo afora. Sabemos que ele funciona muito bem em alguns países, principalmente nos Estados Unidos.

Porém, ele ignora completamente o Brasil e outros países. Até onde eu sei, as razões declaradas são de que há problemas de ordem legal entre gravadoras e a Apple, uma vez que artistas que lá fora pertencem a um selo, aqui pertencem a outro. Isso até pode ser verdade, mas todos sabemos que talvez o grande motivo para a Apple não se empenhar para a liberação do iTunes por aqui chama-se PIRATARIA.

É claro que o problema não está localizado nas pessoas que compram CD de música no camelô. Essas não utilizam iPod e arrisco dizer que a grande maioria nem acessa a Internet. Mas como nós ficamos? Já estamos de saco cheio de tanto ouvir aquele papo de não baixar música de forma ilegal, já que você, na mentalidade das gravadoras [e falam isso para benefício próprio, é claro], estaria prejudicando o artista.

Qual a alternativa que nos resta? Baixar músicas através dos vários programas P2P disponíveis. É aí que eu queria chegar. Acredito que logo tudo será P2P. Sendo assim, como impedir os downloads ditos "ilegais". Não acredito que pagar por Mp3 será algo que vá funcionar por muito tempo. As bandas que estão nascendo nessa Era Digital já pensam dessa forma. É, denovo, aquela história de choque de gerações.

Tenho ciência de que não sou o único que pensa dessa forma. Todo mundo já sabe que artista ganha dinheiro com Show. Daqui em diante, a briga será por distribuição. Não adianta esconder mais o jogo. A indústria fonográfica não existirá mais como a conhecemos. O que os advogados fazem é tentar prorrogar o prazo de validade dessa indústria, há muito já expirado.

Os artistas não estão preocupados. Apesar de ouvirmos discursos prontos na TV, que são ensaiados pelas próprias gravadoras, esses artistas ainda não cortaram o cordão umbilical que têm com as majors justamente por ainda terem medo.

No entanto, aumenta cada vez mais o número daqueles que se libertam. O caso do Radiohead e da Madonna, que recentemente assinou com uma produtora de shows e pretende obter receita através desse acordo, deixando em breve a sua gravadora, refletem bem o que estou dizendo.

O que você acha? Estou errado ou realmente o iTunes vive os últimos momentos de glória? Dê uma olhada na figura abaixo, extraída da sessão Wired-Tired-Expired, da edição de Dezembro da ótima WIRED. A iTunes Store está classificada como Tired, que poderíamos traduzir, como "CANSADO".

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Foto via Wired

Será mesmo que o modelo iTunes está começando a dar sinais de cansaço?

quarta-feira, novembro 28, 2007

"Paula Toller continua LINDA em Alta Definição"

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Domingo é dia de estréia da TV Digital em São Paulo. Com a falta de informações sobre o serviço, há uma certa desorientação em torno do assunto. Na realidade, há desinteresse por parte do povo em geral que, por não entender e não encontrar informações suficientes sobre o assunto, acaba desistindo de entender como a coisa irá funcionar.

Há, por exemplo, gente achando que no Domingo o sinal da TV Analógica será encerrado em São Paulo e, como conseqüência disso, ficará sem imagem em seu aparelho de TV. Desde o anúncio da TV Digital no Brasil até agora, é bem verdade que não houve uma grande cobertura do assunto pela imprensa. Pelo menos não em termos explicativos, detalhes técnicos.

Para quem vive na Internet, o assunto já se encontra até um tanto desgastado, devido às inúmeras matérias publicadas a respeito. Aproveito para destacar a ultima edição da Revista Meio Digital que, traz na capa uma matéria muito boa sobre o assunto. Mas e quem não tem acesso a Web ou não tem paciência para fuçar no Google?

Além do site da TV Digital, que traz bastante informação sobre o assunto, o jornal ESTADÃO - sim, aquele mesmo que chamou os blogueiros de "feiosos" - publicou hoje um manual sobre a TV Digital, explicando como ficará a questão da TV a Cabo, dos Decodificadores, dos Prazos de Implementação e outras questões que valem à pena a leitura.

Uma confusão bastante comum que percebo, é a confusão de conceitos que as pessoas fazem em torno da TV Digital com a transmissão em Alta Definição [HD]. O manual deixa isso tudo bem claro de uma forma bastante objetiva. Além da cartilha, há uma crítica escrita por Etienne Jacintho, relatando a experiência da redação do Estadão com uma amostra do serviço em uma TV Full HD:

"[...] Em uma degustação feita na redação do Estado com uma TV Full HD, muita gente, em vez de admirar a qualidade das imagens, queria mesmo ver a Paula Toller, do Kid Abelha. E a bela recebeu críticas.

Se as pessoas gongaram a loira - desculpem, mas Paula é linda mesmo em HD -, pense no que vai acontecer quando a Band colocar o Raul Gil no ar em alta definição. O que ele fará com aquele cabelo ainda é uma incógnita... E essa será justamente a primeira atração da rede em HD. Resta à Band torcer para que o apresentador não espante a audiência!", diz Etienne de forma hilária!

Não há dúvidas de que muitas "máscaras" irão cair. Mas cá entre nós: será que a TV Aberta irá produzir conteúdo que justifique a TV em Alta Definição? Os que dependem dela continuarão a assistir à mesma programação, só que agora em alta definição e com alguma interação "dispensável"? Bem, por um bom tempo parece que sim.

terça-feira, novembro 27, 2007

O Kindle causará o mesmo impacto que o iPod?

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Amazon Kindle. A notícia do lançamento do leitor digital de livros da Amazon está em todo canto, seja na mídia tradicional - as revistas VEJA e ÉPOCA desta semana publicaram matéria sobre o assunto - ou na Internet, através de blogs e sites especializados.


Li a reportagem publicada na revista VEJA, onde Jeff Bezos [que você vê na figura acima], dono da Amazon.com declara: "O Kindle pode não substituir os livros, mas faz mais coisas do que eles". Muito bem. O Kindle não substitui mesmo os livros. Faz mais coisas do que ele? Hm.... vejamos...

A grande sacada do Kindle é permitir acesso via Wi-Fi aos mais de 88.000 títulos de publicações disponíveis na Amazon.com para download, além de vários jornais, como o Wall Street Journal. Sim, logicamente, o download é PAGO! Bezos pretende, com o lançamento do Kindle, representar para o mercado editorial o que o iPod representou para o mercado fonográfico.

Delírio? Completo. Em primeiro lugar, não há como comparar o número de pessoas que ouvem música e o número de pessoas que costumam comprar livros. Música é algo que está na natureza do ser humano. Música se ouve em qualquer lugar a quase todo instante. Com os livros a história é um pouco diferente. Há quem não abra mão de ler um livro em sua poltrona confortável, em casa.

Comparar o impacto dos iPods ao que supostamente será causado pelo Kindle é delírio na certa. Não é preciso concentração para ouvir música, muito menos silêncio. A maioria das pessoas ouvem música em qualquer lugar, no ônibus, metrô, avião. Já ler um livro, muitas vezes exige concentração e conforto.

De qualquer forma, creio que o lançamento do Kindle é algo positivo. O fato de permitir consultas à Wikipedia é bastante útil. Além do mais, ele tem o poder de armazenar, em média, 200 livros. Não sei bem por que alguém armazenaria 200 livros, mas...

Agora imaginem se o Kindle permitisse o download de livros por uma quantia irrisória. Algo no estilo do iTunes, onde você compra somente as faixas prediletas de um disco. Já que Bezos delirou, por que eu não posso? Imaginem que, num futuro próximo, o Kindle [ou seja lá qual for o nome do gadget] permita o download de livros GRATUITAMENTE, de forma que o modelo fosse completamente sustentado por meio de publicidade!

Delírio? Sim, muito provável. Mas quem sabe o rumo que a publicidade online tomará nos próximos anos? O que você acha?

Sobre o Kindle:
Preço: US$ 399 [mesmo preço do iPhone]
Peso: 300 gramas. Tem a espessura de um lápis

segunda-feira, novembro 26, 2007

"O futuro já chegou. Só que ainda está mal distribuído"

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É, as pessoas ainda resistem às facilidades da tecnologia. Hoje fui pego de surpresa com o seguinte relato:

- Pessoal, vocês não vão acreditar...
- O que foi cara?
- É bem coisa do Russi mesmo. Quinta-Feira estarei viajando e não poderei apresentar a minha parte no seminário...
- E aí, falou com o professor? O que ele disse?
- Então, ele pediu para que eu "filmasse" a minha apresentação e enviasse à vocês para que incluam no seminário ...
- Caraca, que cara maluco. O que esse doido tem em mente? Maluco, bem coisa dele mesmo.

Quem vai filmar a própria apresentação é o Israel, meu companheiro de Seminário. Ele vai gravar direto de um Hotel, pois estará viajando. Assim que ele contou sobre a exigência do professor, minha primeira reação foi: "esse cara tá maluco mesmo!" Mas essa foi a reação inicial.

O Prof. Russi não estará mais na universidade a partir de quinta-feira. Por que não fazer uso das facilidades da tecnologia? Melhor para o professor e para o aluno, que poderá apresentar o trabalho com calma e sem precisar marcar um dia extra para comparecer na universidade.

Talvez, o único empecilho fosse o aluno não ter uma câmera digital ou uma webcam, mas isso não se aplica quando a universidade em questão é a ESAG - Escola Superior de Administração e Gerência. De qualquer forma a maioria dos presentes reprovou a exigência do professor.

Creio que esse tipo de solução será cada vez mais comum. Na realidade já é. Mas nem todos gostam de "mudar as coisas". Logicamente, os critérios de avaliação variam de professor para professor. Também não dá para aplicar essa solução a qualquer aluno faltante no dia da apresentação do seminário.

Aqueles que tem pavor em falar em público - que não são poucos - poderiam apelar para o recurso facilmente. No entanto, dependendo do caso, acredito ser uma boa alternativa. Como disse o escritor norte-americano William Gibson, "O futuro já chegou. Só que ainda está mal distribuído".

Muita gente ainda demonstra resistência na hora de fazer uso de "facilidades tecnológicas".

sexta-feira, novembro 23, 2007

Até quando vale a pena assistir a um filme na tela do PC?

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A Lenda de Beowulf. É muito provável que você já deva ter lido à respeito do novo filme de Robert Zemeckis [De volta Para o Futuro, Forrest Gump, Náufrago]. Aliás, também é provável que você já deva ter assistido.

É sobre isso que eu quero falar hoje. Sobre o prazer de assistir a um filme antes que ele faça estréia no cinema. Até quando vale a pena assistir a um filme na tela do PC, onde muitas vezes a imagem é horrenda, captada da tela de cinemas mundo afora?

Acredito que A Lenda de Beowulf vai fazer muitos pensar duas vezes antes de fazer o download do filme. Talvez nem pensem e resolvam assistir direto no cinema. Mas por que? Beowulf, animação toda produzida em CGI, estará em exibição no formato 3D.

Sim, você poderá usar Óculos 3D para assistir à aventura de Zemeckis. Segundo os que já assistiram, a experiência é sem precedentes. Eu, que sou da geração do Master System [alguém lembra daqueles óculos 3D que na verdade só atrapalhavam?], toda vez que ouço esse papo de Óculos 3D, acabo dando de ombros, tendo em vista as experiências que já tive no passado.

Mas enfim, e aqueles que se orgulham de baixar tudo que é filme pela Internet, antes de assistí-lo no cinema? O farão dessa vez? Pelo que li em fóruns mundo afora, o que se diz é que assintir à BEOWULF em 2D [sem os óculos] não vale a pena. Parece que todo o encanto está no 3D mesmo.

Sem duvida, quem fizer o download da animação vai perder muito do feeling da aventura. Talvez, após ter assistido em casa com imagem de baixa qualidade, quando for assistir no cinema, não seja surpreendido como seria, caso estivesse assistindo no cinema pela 1ª vez.

Acredito que produções em 3D irão se intensificar com a popularização dos cinemas em 3D. Como o preço hoje é praticamente o dobro das sessões "normais", a tendência é que somente os mais privilegiados frequentem as salas.

No entando, com a expansão dessas salas, o preço deve cair e mais produções do gênero deverão surgir. James Cameron já está produzindo um longa em 3D [de ficção científica para variar] com data de estréia prevista para algum dia de 2008. Steven Spielberg e George Lucas também acreditam no formato e também estão produzindo conteúdo.

Por estas e outras razões é que duvido que a indústria do cinema entre em colapso como entrou recentemente a industria da música. A experiência conjunta de se assistir a um filme, somada a novas tecnologias, é praticamente insubstituível!

quarta-feira, novembro 21, 2007

Web 2.0 apresenta: De Volta ao Passado!

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Jovens de 15-20 anos descobrindo e ouvindo Duran Duran, assistindo e discutindo sobre o filme O Poderoso Chefão de [1972], Scarface [1983], descobrindo o Chacrinha e tantos outros no YouTube. Mais parece coisa de De Volta Para o Futuro [1985]. Felizmente não é!

A Internet nos deu esse poder. O poder de pesquisar e obter respostas instantâneas. O poder de descobrir coisas que ficaram perdidas no tempo. Isso é, sem dúvida, uma dádiva. Era muito ruim ficar conversando com pessoas mais novas sobre "coisas da nossa época" e perceber que, mesmo com muito esmero, dificilmente conseguíamos traduzir o sentimento vivido.

Hoje, quem é curioso e ouve a essas conversas, pode entrar na Web e descobrir algo genial. Pode, inclusive, saber mais sobre determinado filme, artista, do que aqueles que viveram na época.
Só para se ter uma idéia, a Comunidade de admiradores do filme O Poderoso Chefão tem quase 30.000 pessoas! Levando-se em conta que o filme é do ano de 1972 e 99% das pessoas que acessam o Orkut nem sequer era nascida na época, o número é relativamente grande.

Na Inglaterra, não é incomum assistir a banda novas fazendo covers de Duran Duran, por exemplo. Em todo lugar, as famosas Festas anos 80 são regadas à vídeos de YouTube e mp3 baixadas via Internet, sem as quais, seria praticamente impossível reproduzir as "pérolas" da época, a não ser que você tenha aquele amigo que tem a mania de colecionar tudo. Ah, ele também precisa estar, no mínimo, perto dos 30.

É extremamente prazeroso acessar o Google e pesquisar sobre um filme antigo, uma banda extinta e descobrir coisas que você nem imaginava ter acontecido na época. As revistas envelhecem, perdem a capa e, inevitavelmente, vão para o lixo, junto com as notícias. Na Internet só as notícias envelhecem. Mas tudo continua lá. Tudo sobrevive ao tempo.

De certa forma, a tecnologia nos permite avançar como nunca. Mas ela também nos proporciona uma viagem ao passado. Que bom!

terça-feira, novembro 20, 2007

GOOGLE irá comprar a SKYPE?

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A Web é um dos palcos mais férteis para a disseminação de rumores. A maioria deles, passado algum tempo, cedo ou tarde acaba se confirmando, principalmente quando tratam de aquisições.

O mais novo deles, publicado no blog PDA, é a compra da Skype - marca hoje pertencente ao eBay - pela Google. Analisando friamente, há sentido no rumor, uma vez que a Google, ultimamente, vem se empenhando no mercado de telefonia. Mesmo não tendo lançado o tão falado gPhone, a empresa não esconde o interesse na área.

O projeto ANDROID, um sistema operacional aberto para celulares, confirma esta iniciativa. De qualquer forma, parece que todo mundo torce pela Google, principalmente os anti-Microsoft =]

Aguardemos...

sexta-feira, novembro 16, 2007

INTERNET é "Culpada" por Greve de Roteiristas em Hollywood

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Damon Lindelof, roteirista-chefe da série de televisão LOST. Foto via
Tecneira


Greve de roteiristas em Hollywood. Assim como Rafael Barifouse, dono do blog Tecneira e repórter da revista Época NEGÓCIOS comentou, eu também ainda não havia parado para pensar nos detalhes dessa greve.

Pensei no lógico: o Sindicato de Roteiristas reivindicando por direitos negligenciados pelos Estúdios e Emissoras de TV. E é mesmo. Mas não SÓ isso. O que motivou a greve é algo que está mudando paradigmas no mundo do entretenimento, dos negócios, da economia. Ela mesma, a Internet.

Vou passar a bola para Damon Lindelof, roteirista-chege da série de televisão LOST. O artigo foi publicado no New York Times na última segunda-feira [12]. Não irei me prolongar, já que o artigo de Damon é extenso, porém muito ousado e esclarecedor. Sendo assim, leiam para que possamos discutí-lo através dos comentários, ok?


DE LUTO PELA TV


Por Damon Lindelog, de Los Angeles

A TELEVISÃO está morrendo.

Eu devia ter me dado conta disso quatro anos atrás quando comprei meu primeiro TiVo, mas a negação é sempre a primeira fase do luto. Eu simplesmente não podia reconhecer que essa maravilhosa invenção anunciava o início do fim.

TiVo armazena seus filmes e séries em um hd (como de um pc), permitindo que você assista o episódio do “The Daily Show” da noite anterior tão facilmente quanto você abre documentos no seu laptop. Na verdade, uma vez que você tenha baixado transmissão original - perdão, eu quero dizer ‘gravado’ - pode vê-lo no seu momento de lazer. Na manhã seguinte. No próximo ano. Quando bem quiser. Para que agora? Você é dono desse episódio. E o melhor de tudo, você o tem de graça.

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LOST via iTunes

A televisão sempre foi gratuita. Claro, se você quiser ver todos os jogos da NFL (Liga de Futebol americano) em alta definição, terá que pagar, mas as redes de tv ainda oferecem sua programação totalmente de graça. transmissão redes continuam a oferecer os seus horários para todo absolutamente nada. O único porém, é claro, é a obrigatoriedade de ter que assistir comerciais. Economicamente é uma troca justa. As emissoras gastam para fazer as séries, as oferecem ao público, e recuperam o investimento através das propagandas. O que infelizmente nos traz a coisa mais maravilhosa que o TiVo faz: ele permite que você ignore os comerciais que mantém todo sistema funcionando.

Vinte porcento dos lares americanos já possuem esses aparelhos que armazenam filmes e séries de tv indefinidamente e permitem que você ignore os comerciais. Esses aparelhos provavelmente vão proliferar em uma escala significante em breve, e quase todo mundo terá um. Eles também vão ficar menores, e a tela retangular na sua sala não será realmente televisão, será um computador. E o que trará tudo aquilo que você assiste? Não será o cabo de tv; será a internet.

Isso provavelmente pode parecer empolgante para quem gosta de tv, mas se você está envolvido na produção dessas séries, não é nada mais que aterrorizante. Deve ter sido assim que os artistas de palco sentiram-se na primeira vez que viram um filme mudo; sentados ali dando conta que eles acabavam de se tornar extintos: afinal, quem iria querer ver um espetáculo de sapateado quando poderia ver Harold Lloyd dependurado em um relógio a 15 metros de altura?

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Roteiristas reivindicam participação na publicidade gerada na Web

Mudanças sempre provocam medo, mas eu já acreditei que a morte da nossa amada televisão uniria todos aqueles afetados, os talentos e estúdios, criadores e afins. Estamos todos com medo e deveríamos sentí-lo juntos. No entanto estamos profundamente divididos.

O sindicato dos roteiristas americanos - WGA na sigla em inglês- e do qual orgulhosamente faço parte entrou em greve. Passei a semana passada em picket do lado de fora dos estúdios Walt Disney, meu empregador, cantando slogans e caminhando lentamente pela calçada.

A motivação para essa ação drástica - e uma greve é drástica, uma verdade que venho conhecendo ainda mais a cada dia que passa - é o desejo do sindicato em receber uma porção derivada da renda gerada pela internet. Isso não é novidade: a mais de 50 anos os roteiristas tem direito a receber uma pequena parcela dos lucros dos estúdios gerados pela reexibição de nossos filmes ou séries; quando algo que criamos é produzido ou vendido em dvd, recebemos royalties. Os estúdios porém, recusam-se a aplicar a mesma regra para a internet.

Minha série, Lost, já foi exibida centenas de milhões de vezes desde a disponibilização no site da ABC. Os downloads exigem que o espectador assista uma propaganda, da qual a emissora recebe alguma coisa. Quem escreveu os episódios não ganha nada. Também somos um sucesso no iTunes (onde os episódios de séries são vendidos a $1,99 cada). E de novo, não recebemos nada.

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LOST via site da ABC

Se a greve durar mais que três meses, uma temporada inteira da tv vai terminar em dezembro. Não teremos dramas, comédias, ou Daily Show. A greve também vai impedir que qualquer piloto seja gravado, portanto mesmo que a greve chegue ao fim até lá, você não verá nenhuma série nova até janeiro de 2009. Tanto o sindicato e os estúdios concordam em um ponto: a situação seria brutal.

Eu provavelmente serei arrastado pelas ruas e queimado vivo se os fãs tiverem que esperar mais um ano pela volta de Lost. E quem poderia criticá-los? A opinião pública pode estar ao noso lado agora, mas depois que a audiência tiver passado um mês ou mais assistindo “America’s Next Hottest Cop” e “Celebrity Eating Context”, tenho poucas dúvidas de que a corrente vai se virar contra nós. O que me leva à segunda fase do luto: raiva.

Estou furioso porque sou acusado de ser ganancioso pelos estúdios que estão sendo gananciosos. Estou bravo porque minha ambição é justa e razoável: se dinheiro é ganho com o meu produto através da internet, então tenho direito a uma parcela. A ambição dos estúdios, por outro lado, esconde-se atrás do cinismo, de declarações de que não ganham nada na internet, de que a exibição online é puramente “promocional”. É mesmo?

Sobretudo, estou furioso por não estar trabalhando. E não trabalhar significa não ser pago. Meu salário semanal é consideravelmente maior do que a pequena porcentagem dos ganhos da internet que estamos tentando obter nessa negociação e se eu ficar no picket por apenas três meses, jamais vou recuperar essas perdas, independente do acordo que for feito.

Mas estou disposto a aguentar firme para um tempo maior que três meses porque essa é uma luta pela sobrevivência de uma geração futura de roteiristas, cujo trabalho não será televisionado, mas sim distribuído através de um chip.

As coisas ficaram feias e as linhas de comunicação se perderam completamente entre o sindicato e os estúdios. Talvez ainda não seja tarde demais, já que ambos os lados da disputa tem uma coisa em comum: nosso luto por como as coisas costumavam ser. Em vez de brigarmos uns com os outros, talvez devêssemos nos mover em prol da tv.

Porque a terceira fase do luto é a barganha.

E precisamos barganhar, porque quando a televisão finalmente desaparecer, ainda existirá entretenimento; ainda teremos séries e filmes, bem ali na tela da sala. E tal qual os donos dos teatros de vaudeville que se reergueram, os estúdios vão descobrir formas de ganhar rios de dinheiro do que quer que seja exibido na tela.

E nós ainda estaremos escrevendo cada palavra.

Daniel Lindelof é co-criador e roteirista-chefe da série de televisão LOST

quarta-feira, novembro 14, 2007

MSN, Digg e vários outros Aplicativos rodando no seu ORKUT!

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As Redes Sociais, como conhecíamos até pouco tempo atrás, estão ficando para a história. Mais uma prova de que, na Web, tudo nasce e evolui em uma velocidade descomunal. Quando o Facebook apareceu com a possibilidade de adicionar aplicativos no perfil de usuários, mal percebemos que ali se iniciava uma revolução: o início da migração do conceito de Rede Social para Sistema Operacional.

Quando alguém me pergunta o que é e como funciona o Facebook, costumo dizer que ele é um álbum. Nele, você vai colando figurinhas. Algumas são interessantes, outras não. Só que esse álbum nunca se completa. Ele sempre está em mutação. Surgem novos aplicativos e funcionalidades. No embalo, há poucas semanas, o MySpace também anunciou a abertura de sua API, com a inclusão dele e de outras redes sociais no programa OpenSocial, da Google.

Já era em tempo. Ninguém aguentava mais se inscrever em Redes Sociais. Ou você dá atenção para 1 ou 2 delas ou se inscreve em todas que aparecerem somente para "estacionar" o seu perfil. Surgiram tantas redes que muitas estavam servindo de garagem. Alguém lembra do Gazzag? Pois é, no Gazzag eu estacionei um perfil. Fiz o mesmo no MySpace. Mas no FaceBook foi diferente. Gostei de "colar figurinhas".

Hoje testei o SandBox do Orkut, que nada mais é do que parte da integração com o OpenSocial, uma iniciativa muito maior. Se você já utiliza o FaceBook e "colou algumas figurinhas", as "novidades do Orkut" não irão te impressionar. Mas, se você não possui perfil no FaceBook, prepare-se para entender o porquê de as Redes Sociais estarem sendo apontadas como os futuros Sistemas Operacionais.

Alguns exemplos de aplicativos rodando no Orkut*

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MSN for Orkut: Não é como o original, mas para um app, funciona surpreendentemente bem!


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iLike for Orkut: Funciona da mesma forma que no FaceBook. Você seleciona as músicas que vai exibir


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Facebook for Orkut: Da mesma forma que o Facebook tem um app que permite acessar o Orkut, há uma app para acessar o FaceBook no Orkut. Este app ainda apresenta vários problemas


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Planilha de texto: Nada além de uma planilha de texto. Futuramente, quem sabe o Office passa a figurar na lista de apps do OpenSocial. Imagine poder desinstalar a maioria dos Softwares do seu computador e ter acesso a eles através de uma Rede Social, em qualquer computador!


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DIGG: App do popular portal colaborativo de notícias


(*) O OpenSocial ainda não está aberto a todos! Por isso, ele ainda não está funcionando de maneira adequada. Ele está aberto apenas para pessoas que queiram desenvolver aplicativos para a Rede. De qualquer forma, para saber como ter acesso a estes aplicativos, leia o post dedicado ao assunto no Blog do Edney.