sexta-feira, dezembro 14, 2007

Os Japoneses são mesmo Todos Iguais?

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Japoneses são mesmo imprevisíveis. O Globo Online anunciou hoje que, das 10 obras de ficção mais vendidas no Japão, 5 delas começaram como "romances de celular". Sim, essas obras são lidas através de telefones celulares por lá! E mais: aquelas que fazem mais sucesso, são lançadas em livro e, posteriormente, em cinema! Para ler a notícia completa, clique aqui.


Essa questão da participação de "pessoas comuns" e não escritores tradicionais, só vem a reforçar o novo paradigma atuante na pirâmide tradicional que vigorava até o fim do século passado, onde somente os "produtores profissionais" produziam conteúdo para as massas.

Com a entrada das "pessoas comuns" na produção de conteúdo para "pessoas comuns", começamos a ver coisas até então inimagináveis, como a publicação de livros por "não-escritores" que se tornam sucesso sem nem mesmo passar pelo crivo de editoras!

Ler contos através de celular me parece uma idéia nada agradável. Coisa de japonês! Vá lá entender. Em contrapartida, para compensar as limitações da publicação de histórias nas telinhas, a maioria dos contos possui tamanho reduzido e com bastante diálogo, o que favorece um texto mais dinâmico. Além do mais, as telinhas dos celulares estão com a definição cada vez maior, o que acaba favorecendo a leitura.

Não é novidade alguma o fato de já haver críticas por parte dos escritores tradicionais. Segundo eles, as obras tem pouca profundidade. Não é a mesma coisa que se fala da Internet, onde a crítica maior é o fato de as pessoas saberem um pouco de tudo, mas sem profundidade? Esses novos tempos...

Mas será que isso daria certo aqui no Brasil? Não creio. Brasileiro gosta de assistir a vídeos, fotos e, no máximo, ler SMS de amigos. Brasileiro quer interagir, fazer parte de comunidades. Além do mais, os japoneses já estão a anos-luz de distância de nós brazucas, principalmente quando o assunto é telefonia celular.

Enquanto ficamos abismados pelo mais novo aparelho celular lançado por aqui, no Japão eles já fazem parte de queimas de estoque. Sem contar que essas histórias que fazem sucesso são, muitas vezes, inspiradas em mangás [histórias em quadrinhos japonesas]. Eu, por exemplo, AINDA prefiro ler histórias "em papel". Meu primo de 12 anos não. E é muito provável que meus filhos também não farão questão do papel. O meio ambiente agradece.

Será que esses japoneses são mesmo todos iguais? Só entre eles mesmo. De resto, eles são é muito diferentes! Será mesmo? Ou eles só antecipam as tendências?