terça-feira, julho 31, 2007

Digital Vs. Impresso, parte II

Hoje, ao entrar na Web, me deparei com mais um indicativo do declínio da mídia impressa. A página inicial do meu Firefox está setada para abrir sempre no site da revista WIRED. E foi lá que li essa matéria.

Como já coloquei no post anterior, é notável o declínio na venda de jornais, principalmente nos EUA. De acordo com a matéria da WIRED, que pode ser lida na íntegra clicando aqui, a circulação de jornais nos EUA declinou em 30% desde 1985.

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Menos leitores, logicamente, significa menos publicidade, menos lucros, menos investimento.

A Velocidade da Informação + Alguns Números...
Os jornais não conseguem atualizar uma notícia a qualquer momento. Nesse mundo de "urgência pela informação", esse vem a ser um grande entrave. Estamos realmente vivendo uma era de mudança de grande paradigmas. Sempre há vencedores e perdedores nesses períodos. A boa notícia, para os que já investem no "novo padrão", é que a propaganda na Web cresceu 31% no último ano, o que se traduz em um incremento de $630 milhões de dólares.

Em contrapartida, a má notícia para a mídia impressa é que, neste mercado americano de $47 bilhões de dólares anuais com ganhos em publicidade, houve uma queda de 2%. Parece pouco, porém ela é significativa e se traduz em $797 milhões de dólares =D

Textos Longos Vs. Tela do Computador
Deixando um pouco de lado esses dados, há uma outra realidade em questão: artigos de jornais ou revistas, são muito longos para serem publicados na internet. Poucos os lêem na íntegra. Parece que os blogs estão sendo mais eficientes nesse ponto (mesmo alguns se estendendo mais do que deviam =D). Com a escassez de tempo, as pessoas estão se atualizando através de notas rápidas. Quando algo interessa, elas buscam se aprofundar de forma mais específica no assunto.

Domingo passado, no ótimo Marília Gabriela Entrevista, transmitido pelo GNT, a terapeuta e consultora motivacional Anna Sharp, autora do livro "A vida tende a dar certo, nós é que atrapalhamos com nossas culpas e medos", colocou uma questão importante em pauta. Ela não criticou os atuais livros de auto-ajuda. Segundo ela, na atual "correria" da sociedade, ninguém tem mais tempo para se conhecer como gostaria, através da psicanálise, por exemplo, processo que pode levar até 10 anos!

Os livros de auto-ajuda, de certa forma, realmente procuram encurtar esse caminho e até podem ajudar a "fazer cair a ficha". Dessa forma, voltamos à mesma questão do parágrafo sobre o tamanho dos artigos. Quem preferir ir mais à fundo, sem dúvida, vai buscar a fonte, sem atalhos.

Encerrando o tema, semana passada fui à uma banca de revistas importadas e resolvi folhear a WIRED, como costumo fazer todos os meses. Não senti a mínima vontade de comprar a revista, mesmo sabendo que o conteúdo estava, mais uma vez, excepcional. Cheguei em casa, acessei o site e li o que me interessava, já que todo o conteúdo está aberto.

E assim será daqui em diante...