terça-feira, abril 10, 2007

Música livre de DRM? Será que agora vai?

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Protestos em frente a loja da Virgin: descontentamento com relação ao DRM nas músicas

É muito provável que o ano de 2007 fique na história quando o assunto é o mercado de músicas digitais. Há alguns dias atrás, a gravadora EMI anunciou que liberará suas músicas da incômoda proteção oferecida pelo DRM (Digital Rights Management). As músicas da EMI, baixadas através do iTunes, poderão ser ouvidas em qualquer aparelho que toque mp3 e não mais somente através do iPod.

O maior pesadelo de quem fazia downloads legais, era o problema de não poder ouví-los em qualquer aparelho. A indústria musical acreditava que, de certa forma, isso restringia a pirataria. Porém, acredito que isso só estimulava, uma vez que as gravadoras vendiam uma limitação e não uma solução, acabavam por estimular seus consumidores à buscar outras alternativas, como os downloads ilegais.

Acontece que essa é uma iniciativa, por enquanto, da EMI. É de conhecimento que a empresa tenha tomado esta atitude por estar com sérios problemas de ordem financeira. A EMI, obviamente não confirma a informação, e afirma que a atitude vai de encontro com as novas tendências de mercado.

Mas nem todas as gravadoras aderiram à novidade. A Warner, por exemplo, ainda demonstra algum ceticismo com relação à liberação do DRM. Porém, acredita-se que todas as grandes seguirão o modelo da EMI, uma vez que com a liberação do DRM, os usuários têm a facilidade de realmente possuir a música comprada e ouvi-lá onde quiserem.

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Paródia ao movimento anti-pirataria, organizado nos anos 80. Dessa vez, o tema é o DRM: O DRM está matando a música, diz o anúncio.

Steve Jobs, da Apple, havia feito um apelo à todas as gravadoras, durante o mês de Fevereiro último, sugerindo à remoção do DRM. A carta escrita por Jobs foi publicada no site da Apple e pode ser lida na íntegra aqui. Enfim, a atitude de controlar as músicas digitais, compradas pelos clientes, não passa de uma atitude paranóica das gravadoras que, com todas as inovações ocorridas, andam completamente perdidas e com medo de sumirem do mapa.

Afinal e contas, que graça tem você comprar uma música via iTunes e poder ouví-la somente no seu iPod? Baixando a mesma música, através de métodos ilegais, você pode ouvir em qualquer aparelho. Poderá gravá-la em CD para sua mãe, namorada. Ou seja, estávamos saindo em desvantagem tentando respeitar direitos autorais.

De qualquer forma, ainda haverá muita discussão nesse campo. Afinal, muitos ainda pregam que a música deve ser livre. Que o artista ganha dinheiro é com shows. De certa forma, isso tem um fundo de verdade. Temos visto, com cada vez mais frenquência, bandas lançando-se na Internet, conquistando fãs, para só depois, escolherem uma gravadora.

Talvez seja esse o modelo daqui em diante. O marketing de novos artistas está todo baseado na Internet. Pagar jabá em Rádio FM, já não tem mais o mesmo efeito como costumava ter até a década de 90. Rádio FM? O que é isso? Para que? Se hoje cada um possui a sua rádio particular, dentro de iPods, Mp3 Players ... :)

Hoje, nós fazemos os nossos HITS! De qualquer forma, devemos agradecer pela remoção do DRM. E que esse seja apenas o primeiro passo para uma série de outras facilidades que ainda surgirão neste mercado.

Ps.: As músicas sem DRM, serão vendidas no iTunes a U$1,29, contra U$0,99 das que possuem DRM. As gravadoras sempre encontram uma forma de ganhar mais. Estão certas. Mas, como cliente, eu fico ¬¬