quarta-feira, outubro 17, 2007

Os Games serão FREE?

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Halo 3: O jogo mais comentado de 2007! Já imaginou se ele fosse FREE? :]

Parece que a onda Radiohead está estourando nos 4 continentes.


Li hoje, em um artigo escrito por Chris Anderson, em seu blog, uma colocação, no mínimo, provocativa: A indústria de videogames declara que, ao contrário da indústria da música, não pode distribuir conteúdo gratuito. Segundo eles, não há formas alternativas de negócio que façam com que o modelo seja viável de outra forma.

Chris Anderson diz que há sim, inúmeras formas de tornar a distribuição de games gratuita, como um modelo de negócios rentável. Segundo ele, há a possibilidade de inserção de publicidade nos games [isso já é feito], venda de níveis adicionais [também já existe], acessórios extras para os personagens e uma infinidade de outros ítens.


Porém, desta vez não concordo com Anderson. Para uma softhouse construir um jogo para a geração atual de videogames, os custos são altíssimos. Com o crescente avanço da tecnologia utilizada nos consoles, é cada vez maior a demando por gráficos e animações melhores.

Dessa forma, estúdios necessitam de mão-de-obra cada vez mais qualificada, o que é bastante caro. Muitas empresas já trabalham com o modelo de publicidade nos jogos, além da venda de patchs [muitas vezes também distribuídos de forma gratuita] e de novos acessórios.

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O "modelo Radiohead" já entrou para a história!

Mas o que fazer quando um jogo não se torna um HIT? O que fazer quando foram investidos milhões na produção dele e não houve o retorno esperado? Como satisfazer os acionistas? Vejo os modelos de publicidade atuais, inseridos no contexto do jogo, como uma forma de dispositivo de segurança.

Caso o jogo não se torne um HIT, a arrecadação com publicidade e a venda de outras modalidades de jogo, pelo menos deve pagar os custos de produção.
Tudo isso, sem contar com a questão da pirataria, que há muito, corrói o faturamento dos estúdios.

Há inúmeros casos de jogos excelentes, mas que simplesmente não emplacaram. E muitas vezes, os títulos são verdadeiras obras-primas. Como exemplo, Shadow of the Colossus e ICO, ambos desenvolvidos pela SONY, para o Playstation 2, não se tornaram HITs, apesar da qualidade muito acima da média.

Diferentemente do que acontece com as bandas, que hoje praticamente tem apenas despesas com estúdios de gravação, podendo lançar seus trabalhos FREE [ou utilizando o modelo Radiohead] e depois faturar através de shows, os estúdios, caso não consigam emplacar um game, ficam impossibilitados de explorar algo relacionado ao título fracassado. Resta tentar uma continuação. Porém, geralmente há descrença, exatamente como acontece em Hollywood.

No entanto, vejo que, num futuro próximo, como já falei em um post anterior, o modelo de distribuição de jogos deve ser mesmo on-line, não havendo mais a distribuição física. Quando este modelo passar a funcionar inteiramente, reduzindo drasticamente os custos de produção, distribuição, marketing, entre outros, o modelo de distribuição FREE tenderá a se tornar uma realidade.

Alguém arriscaria a aplicação do modelo Radiohead para a venda de games? :]