quarta-feira, outubro 03, 2007

Web FREE ou PREMIUM? E agora?

Este é um grande desafio para quem está lançando um serviço na Web. Lançar um site com o conteúdo aberto aos usuários, ou utilizar áreas restritas, onde somente aqueles que pagam uma mensalidade poderão ter acesso?

Tivemos, recentemente, o caso do jornal New York Times, que resolveu abrir todo o seu conteúdo aos usuários. A conclusão que os responsáveis pelo jornal chegaram foi de que a publicidade arrecadada por um fluxo maior de usuários, poderá gerar uma receita superior aquela gerada pela arrecadação de mensalidades em áreas de acesso restrito.

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket
Frustração é acessar um conteúdo e receber esta mensagem na tela

Inspirado no NYT, o Financial Times também ensaia uma abertura de conteúdo. Saiba mais aqui.

Várias start-ups enfrentam a mesma questão quando estão elaborando seus Planos de Negócio. É neste momento que surge a pergunta fatídica: Ok, o serviço é original, útil e bastante relevante. Mas como vou ganhar dinheiro com isso? De onde virá a receita? É neste momento que o empreendedor decide por um modelo PREMIUM, FREE (com ou sem publicidade) ou por um misto dos dois.

Defendo sempre a adoção do modelo FREE. Lançando um serviço "limpo", sem publicidade nos primeiros meses, haverá mais chances de atrair mais usuários. Inserir publicidade logo de cara pode colocar em cheque a credibilidade do serviço.

Não é nenhum pecado mostrar para os outros que você quer lucrar com o serviço. É somente uma questão de bom senso e de pensamento a longo prazo. Na Web, não podemos ser imediatistas. Não só na nela, mas também fora dela.

Com o tempo e com o número de usuários cadastrados já bastante satisfatório, pode-se pensar em incluir publicidade (AdSense ou venda de espaço para banners) ou mesmo tentar incluir algum serviço PREMIUM, desde que este seja relevante e não apenas algo que sirva como desculpa para arrecadar um dinheiro a mais.

Posso até estar enganado, mas penso desta forma porque trabalho com projetos para Web e sempre me deparo com estas questões. Antes de mais nada, os usuários de um serviço precisam CONFIAR nele. Esta confiança só é construída ao longo do tempo, com um serviço de boa qualidade e sempre voltado ao bem estar do cliente/usuário.

Para ler mais a respeito, o Rafael Barifouse, do blog Tecneira, publicou um post bastante interessante, incluindo algumas lições do Mundo Web.