quarta-feira, março 14, 2007

iBusiness: Economia Digital x Polêmicas

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"Viacom processa YouTube em US$ 1 bilhão"


Foi essa uma das noticias mais divulgadas ontem na internet. A Viacom [conglomerado de mídia e entretenimento detentor da marca MTV] processa o Youtube pela vinculação de 160 mil arquivos que são protegidos pelas leis de direito autoral.

O Youtube se pronunciou, e afirmou que esse processo não impedirá o crescimento contúnuo do site. Esse tipo de polêmica não é nova. Polêmicas relacionadas a softwares de compartilhamento de arquivos em MP3, arquivos DivX [filmes em geral], são cada vez mais comuns. O filme recém estreado nos EUA, 300 de Esparta por exemplo, já pode ser baixado à vontade através de sites como o mininova.org.

Não é segredo para mais ninguém. 300 de Esparta estréia no Brasil dia 30 de Março, mas os camelôs já o vendem adoidado, além de que várias pessoas já realizaram o download da película. Eu mesmo fiz o download do filme, mas confesso que antes de assistí-lo, decidi por deletar o arquivo. Por um motivo simples: descobri que assistir o filme em casa [as vezes em qualidade duvidosa], faz com que a ida ao cinema perca toda a magia, sobretudo quando falamos de um filme do calibre de 300 de Esparta, onde a qualidade de imagem se destaca.

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Estamos vivendo em um período de transição entre a economia tradicional [iniciada pela revolução industrial] e a economia digital. Acreditamos que os jornais estavam com os seus dias contados, pois ninguém mais desejaria ler notícias "datadas" em uma folha de papel, uma vez que a internet é muito mais atual e dinâmica. Ouvimos que os cinemas sofreriam uma forte queda, estimulada principalmente, pela pirataria e pelo download de filmes pela web.

Passado algum tempo, começamos a perceber que a coisa não seria assim tão rápida. Jornais e revistas continuam a vender. O que está acontecendo é uma triagem. Somente os que conseguem agregar valor ao "material papel" estão conseguindo se manter. Alguém imagina um mundo sem a revista Rolling Stone, clássica, respeitada e renomada por décadas? E a revista TIME, VEJA e por aí afora? Alguém imagina um mundo sem salas de cinema? Um mundo onde convidaríamos namorada, amigos para assistirem à filmes EM CASA somente? É tudo questão de maturação e de entendimento dessa Nova Era.

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Depois de ler sobre esse processo da Viacom contra o Youtube, fica evidente mais uma vez que esse tipo de polêmica não vai ter fim por um bom tempo. Enquando as empresas não pensarem de acordo com a economia digital, não haverá progressos. A Viacom, por exemplo, é uma dessas empresas que está correndo contra o tempo. Uma de suas marcas, a MTV, passou muito tempo ignorando todas essas mudanças.

A MTV, como a conhecemos no Brasil, no início da década de 90, com aquele perfil dinâmico e sempre atual, transformou-se, no início desse século, em mais um canal sem conteúdo. Perdeu a originalidade que sempre fez dela um canal atraente, não era mais aquele canal que ditava e demonstrava o comportamento do jovem atual. Perdeu para o Youtube. Felizmente é notável a corrida contra o tempo perdido. A emissora tenta, a todo custo, se adequar à economia digital, vide MTV Overdrive. A própria programação passou por uma espécie de integração com o mundo on-line nunca antes vista. O Jornal da MTV, por exemplo, pode ser visto em tempo real através da Internet.

Essas polêmicas são positivas. Ajudarão o mundo a perceber que já estamos, há muito tempo, vivendo em uma Nova Era, dentro de uma Nova Economia. Uma Nova Ordem.