domingo, março 04, 2007

iGames: Força do Pensamento?

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Games. Nunca se levou tanto a sério esta indústria de entretenimento eletrônico como agora. La fora, onde a maioria dos games são produzidos [EUA, Europa, Japão] essa indústria já supera Hollywood no que tange a faturamento. É um mercado cada vez mais lucrativo, onde várias softhouses estão se fundindo em conglomerados cada vez mais poderosos, para se tornarem mais competitivas. Uma vez que as tecnologias disponíveis avançam cada vez mais rápido e o ser humano sempre irá procurar 'válvulas de escape', diversão de todos os estilos e, a diversão eletrônica nunca se mostrou tão vasta, tão global. No Brasil, videogame AINDA é visto como coisa de criança. Até quando? Aqui ainda se chama videogame de 'joguinho', por exemplo. Mas isso é outro departamento. O que me faz escrever esse post não é se videogame é coisa pra marmanjo ou não, mas sim sobre um novo dispositivo no mínimo curioso.

O Wii [novo console da Nintendo] surpreendeu o mundo todo com o seu wiimote [controle sensível ao movimento - foto acima]. Não é à toa que está vendendo feito água. Talvez um dos grandes acertos na estratégia da Nintendo foi o fato de posicionar o Wii como um console que não é focado somente em jogadores fanáticos. Ele foi concebido para agradar principalmente os jogadores casuais. O Wii é tão divertido que têm atraído desde crianças até adultos. Para se ter uma idéia da dimensão da coisa, Wii's já fazem parte inclusive de asilos nos EUA, onde os idosos o utilizam para se divertir, usando o wiimote. Deu pra sacar?

Revoluções à parte, a Nintendo domina esse terreno. Na década de 80, foi a líder em entretenimento eletrônico doméstico com o seu Famicon [chamado no Brasil carinhosamente de Nintendinho] e, posteriormente, com o saudoso portátil Game Boy. Nos anos 90 tudo mudou...

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Nem bem o wiimote se estabiliza no mercado, uma empresa Australiana está prestes a lançar um novo 'joystick'. Mas não é um simples Joystick como estamos acostumados a ver desde a época do Atari, Tele-Jogo. Trata-se de um dispositivo que funciona ativado pela 'vontade do jogador'. Parece coisa meio 'Matrix', mas por esta foto que publiquei aí em cima, dá pra se ter uma idéia do que esse 'capacete' [feio diga-se de passagem] é capaz de fazer.

Utilizando princípios da neuro-tecnologia, o Epoc [nome dado ao projeto], que mais parece um daqueles dispositivos utilizados no filme Total Recall [O Vingador do Futuro, 1990], faz uso de sensores que captam, em tempo real, os pensamentos, sentimentos e expressões faciais dos jogadores e as converte em sinais elétricos que são processados pelo videogame ou computador.

Soa meio ambicioso demais? Sim, bastante. No passado já tivemos promessas mirabolantes, como óculos 3D [que era uma tralha que não servia para nada] e diversos outros dispositivos que não entregavam o que prometiam. O que acontece é que agora essa empresa Australiana não se aliou a nenhuma empresa para tornar a novidade exclusiva de um tipo exclusivo de plataforma. Caso continue assim, o Epoc poderá estar fadado ao fracasso, devido a falta de interesse por parte das softhouses em dar suporte ao 'capacete' por razões comerciais.

Como ainda é cedo pra dar uma opinião definitiva [o dispositivo será demonstrado na Game Developers Conference deste ano], vamos aguardar. O Wiimote ainda está acostumando as pessoas a jogarem de uma forma diferente. Não é fácil mudar a maneira de jogar, construída nesses últimos 25 anos, onde sempre utilizamos joysticks, para simplesmente jogar utilizando os 'pensamentos'. Seria isso interessante? :]