terça-feira, março 06, 2007

iMarketing: O "BIG BROTHER" da 25 de Março

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R. 25 de Março, em São Paulo: Mais de 1 milhão de pessoas fazem compras por dia.

Fazer compras sendo espionado. Câmeras em todos os lugares. Invasão de privacidade. Já é fato e acontece há algum tempo em todos os lugares. Estamos sendo observados. Na década de 50, George Orwell tendo concluído o seu clássico romance "1984", que chamava a atenção sobre um futuro próximo de uma sociedade totalitária, já previa tudo que está acontecendo, guardado à devidas proporções. A diferença é que o romance se passava em 1984. Até aí tudo bem, visto que "2001: uma Odisséia no Espaço", obra máxima do falecido cineasta Stanley Kubrick, também errou, visto que em seu filme, o homem teria chego em Marte. Entre erros e acertos, mais cedo ou mais tarde, podemos estar trilhando o caminho que esses visionários já avistaram há décadas atrás.

Deixando um pouco de lado esse papo, acredito que você já deva ter visitado a famosa rua 25 de Março, em São Paulo. Não? Eu também não. Mas certamente ainda iremos, já que todos os dias cerca de 1 milhão de pessoas chegam a transitar por este que chega a ser o maior 'shopping aberto' da América Latina, onde se vende desde simples peças de roupas à eletroeletrônicos.

No início deste mês, a União dos Lojistas da 25 de Março investiu cerca de R$ 200 mil na instalção de 4 câmeras que ficam 'passeando' pela rua 25, no intuído de contribuir com a segurança dos que ali circulam e, principalmente, para observar como se comporta o consumidor da 25, podendo a partir daí, traçar vários perfis diferentes de público e com isso planejar melhor o layout do local e as estratégias de posicionamento das várias lojas ali instaladas.

O endereço para visitar a 25 aí da sua cadeira é www.bbb25.com.br.

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Bal Harbour, em Miami: estilo e personalização incrementaram as vendas e promoveram um novo ponto turístico.

Shoppings abertos são cada vez mais um tendência em todo o mundo, uma vez que o famoso conceito de 'caixote' [formato que predomina na maioria das capitais mundo afora] começa a ser revisto. Em Miami, por exemplo, o
Shopping 'Aberto' Bal Harbour, inaugurado em 1965 por Stanley Whitman sofreu bastante por ser diferente do padrão vigente não só pelo conceito inovador, mas por não possuir lojas âncora de peso. Com o tempo, Whitman foi provando aos críticos que seu modelo estava correto. Em 2000, o empresário comemorou o 35º aniversário do shopping de maior sucesso nos Estados Unidos.

O Bal Harbour não dispoe de grande área física, mas o seu conceito e as lojas que fazem parte do mix, fizeram com que o shopping se transformasse em um ponto turístico mais que obrigatório a ser visitado em Miami. Sempre defendi uma (R)evolução no varejo. Logicamente o modelo da 25 de Março em São Paulo está voltado mais para o consumidor de 'massa', mas acredito que o modelo poderia ser muito mais rentável se, por exemplo, houvesse uma maior distinção dos produtos/serrviços oferecidos, já que tudo fica muito 'misturado', proporcionando uma poluição visual total.

Espero que esse serviço de observação do consumidor traga algo mais além de só observar. Que haja AÇÃO e MUDANÇA, já que a 25 já é um sucesso atualmente mas, sem dúvida, poderá virar um ponto turístico indispensável à turistas que vem de fora para conhecer São Paulo, oferecendo mais conforto, estilo e, principalmente, vendendo mais do que já vende.